Desaparecido desde 2020, jovem surdo é visto no DF e mãe pede ajuda

A mãe de um jovem surdo, desaparecido em São Paulo desde junho de 2020, voltou a ter esperança de abraçar o filho novamente. Jean Costa Rodrigues da Silva, de 28 anos, foi visto no Hospital Alvorada, em Brasília, no fim da tarde da última sexta-feira. Quando ficou sabendo, Maria Celina Oliveira da Costa, 59, reacendeu a esperança.

Jean está há um ano e oito meses sem dar notícias para a família. O jovem sumiu depois que passou a morar com o pai, na Vila Pirituba, na região metropolitana de São Paulo.

Na última sexta, o rapaz deu entrada no hospital de Brasília com quadro de febre alta e tosse. Ele procurou atendimento sozinho no centro médico. Segundo funcionários da unidade de saúde, Jean estava bastante sujo, com cabelos desgrenhados, barba por favor e exalava um odor forte. A mãe acredita que o filho esteja em situação de rua.

Na unidade, foram realizados exames para verificar se o jovem estava infectado com Covid-19 ou influenza, mas os resultados deram negativo. Ele recebeu alta e deixou o local no último sábado (15/1), sem dar informações para onde ia.

Jean Costa desaparecido 1

A mãe de Jean Costa Rodrigues da Silva, de 28 anos, enfrentou mais de 12 horas de viagem de São Paulo até a capital federal para rever o rapaz surdo Arquivo Pessoal/Divulgação

Jean Costa desaparecido 2

Maria Celina Oliveira da Costa, 59, pode voltar a tocá-lo na manhã desta quinta-feira (20/1) Arquivo Pessoal/Divulgação

Jean Costa desaparecido

Jean havia sido internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Sebastião na noite da última terça-feira (18/1) e segue hospitalizado aguardando transferência para um abrigo no Distrito Federal Arquivo Pessoal/Divulgação

Jean, jovem desaparecido

Jean foi encontrado cabeludo e com barba grande, no hospital Divulgação

Voltar Progredir

0

Para Maria Celina, a notícia do paradeiro do filhou lhe deu a certeza de que um vai rever o filho em breve. “Deus na frente”, acredita.

Ela conta soube da passagem do filho pelo hospital ainda na sexta-feira (14/1), quando o centro médico entrou em contato. “A gente que é mãe fica de coração cortado. Fica sem noção de nada. Fica sem chão”, lamenta.

Apesar das boas notícias, Maria Celina diz que, infelizmente, não tem condições de viajar repentinamente para a capital federal. “A gente que é pobre não tem dinheiro de uma hora para outra pra fazer uma viagem”, explica.

“Pelo estado que ele chegou no hospital, todo sujo, está morando na rua. Meu filho não precisa disso. É complicado”, avalia. A família acredita que o rapaz pode ter tido um surto psicótico.

Quem souber do paradeiro do rapaz pelas ruas do DF pode entrar em contato com a família pelo número (11) 98694-9041.