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Covid: 82% dos pacientes graves no DF ficam, em média, 15 dias na UTI

Explosão de jovens infectados pode explicar aumento na fila por terapia intensiva, já que eles levam mais tempo para desocupar o leito

atualizado

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médicos virando paciente em UTI
1 de 1 médicos virando paciente em UTI - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Com ocupação de 96,61% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19 e fila de espera de 355 pessoas por esse tipo de vaga – dados da noite de quinta-feira (25/3) –, o tempo de internação é fator decisivo para a lotação dos hospitais durante a pandemia. No Distrito Federal, 82,35% dos internados de alta complexidade (foto em destaque) ficam até 15 dias com esse tipo de suporte, segundo dados do painel InfoSaúde.

Um dos fatores que pode contribuir para o tempo de internação é a explosão de jovens infectados com quadro grave. De acordo com a Secretaria de Saúde (SES), houve aumento de 2.800% no total de internados com menos de 24 anos, no período entre 1º de janeiro e 30 em março.

Segundo o presidente da Regional DF da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib-DF), Rodrigo Biondi, os jovens levam mais tempo para se recuperar, já que eles têm maior resposta às terapias, sobrevivendo mais tempo e, por consequência, ocupando por mais tempo o leito de UTI. “Na primeira onda, a média [de tempo de internação] ficava em 13/14 dias, porque dentro da média se inclui pacientes que entram em óbito, e jovens, mesmo os que falecem, levam mais tempo”, explicou.

Na rede pública, dos 17 hospitais que atendem pacientes de alta complexidade com Covid-19, nove estão lotados, segundo dados atualizados às 19h10 de quinta-feira. Dos 430 leitos, 371 estão ocupados, 13 vagos, e outros 46 aguardando liberação ou bloqueados. Se considerarmos apenas as vagas em leitos para adultos, a taxa de ocupação sobe para 98%. Do total de pessoas na fila, 270 estão com suspeita ou confirmação de Covid-19.

Variantes

Outro fator que pode contribuir para o aumento das internações são as mutações do vírus. Em coletiva de imprensa na última quinta (25/3), o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, anunciou que a nova variante britânica da Covid-19 foi encontrada em pacientes do DF. De acordo com o titular da pasta, das cinco cepas diferentes detectadas, a P1 – conhecida como a mutação de Manaus – é a mais predominante entre os pacientes atualmente internados na capital do país.

No início do mês, a Secretaria de Saúde (SES) identificou pelo menos quatro variantes da Covid-19 em circulação no Distrito Federal: P1, P2, B.1.1.28, B.1.1.143. Entre elas, a de Manaus, apontada como a mais transmissível e que pode reinfectar pessoas que já tiveram o vírus. Com a nova mutação britânica encontrada, a B.1.1.7, são cinco variantes em transmissão comunitária na capital.

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