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“Covarde”, diz filha de servidora esfaqueada 48 vezes por vigilante

Alan Fabiano Pinto de Jesus foi condenado a 24 anos de prisão nessa quarta-feira (1°/12). Feminicídio ocorreu em 2019

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Mulher sorri para foto
1 de 1 Mulher sorri para foto - Foto: Reprodução

A família de Luciana de Melo Ferreira, 49 anos, comemora a condenação do vigilante Alan Fabiano Pinto de Jesus, 47. O ex-namorado da mulher deve cumprir 24 anos de prisão por matar a servidora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com 48 tesouradas, em 2019.

“Ele é um homem frio, manipulador e covarde que atacou minha mãe com 48 golpes e alegou que foi suicídio. É um alívio saber que o assassino foi condenado e ficará preso. Agora, essa história se encerra com justiça. É uma vitória, mas por mais que a justiça seja feita, minha mãe não vai voltar”, contou a filha de Luciana, de 28 anos, ao Metrópoles. 

A jovem encontrou o corpo da mãe em 23 de dezembro de 2019. A mulher estava morta havia dois dias. Após perceber que estava em um relacionamento abusivo, Luciana terminou com o namorado, mas acabou assassinada dentro do apartamento onde morava, no Sudoeste.

Luciana de Melo: a mulher perseguida até a morte após romper relação abusiva

A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri de Brasília, nessa quarta-feira (1°/12) e considerou quatro qualificadoras contra o ex-namorado da vítima: uso de meio cruel, modo que impossibilitou defesa da vitima, motivo torpe e feminicídio. A advogada da família, Daniela Tamanini, ajuizou ação de reparação de danos em favor da filha de Luciana.

Vítima

Durante o julgamento, Alan afirmou que Luciana era agressiva, ciumenta e desequilibrada. No dia do crime, o homem alega ter sido socado, chutado e golpeado com uma tesoura e que a ex-namorada teria feito de tudo para prejudicá-lo, se auto mutilando até a morte.

O juiz ressaltou que, Alan apresenta características de personalidade que indicam risco e extrema violência. “Agudamente agressivo com histórico de violência emocional contra mulheres, possessivo, frio e manipulador. Durante todo tempo procurou vitimar-se e atribuiu à ofendida toda a responsabilidade pelas desavenças do casal. Acusou a mulher de stalker e a transformou em uma personagem feminina caricata que seria capaz de se auto mutilar com 48 golpes de tesoura”, conclui.

O júri decidiu que o comportamento da vítima não contribuiu para que o crime ocorresse.  As investigações apontam que Alan ficou de tocaia no quarto andar do prédio onde a ex morava. Quando Luciana percebeu a presença do ex-namorado no corredor, tentou bater a porta, mas ele a impediu com as mãos e forçou a entrada no apartamento.

Os peritos criminais encontraram 48 perfurações no corpo da servidora. Vários ferimentos foram sobrepostos e se concentraram na parte cervical posterior, ou seja, a maioria dos golpes foi desferida nas costas, de forma brutal e covarde.

Defesa

A defesa de Alan alegou que, a decisão que os jurados chegaram é contrária da prova existente no processo, e, por esse motivo, a defesa irá recorrer da decisão.

Alan está preso há quase dois anos. Em depoimento, o acusado confirmou que esteve no prédio da vítima, mas disse que a servidora se machucou sozinha e que não se recorda se chegou a desferir golpes contra Luciana.

O assassino chegou a confessar o crime e disse que foi ao local para tentar retomar o relacionamento com a vítima, mas a mulher não quis ouvi-lo.

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