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Copa de 2022: brasilienses e suíços lotam bares e embaixada nesta 2ª

Antes de a Seleção Brasileira entrar em campo na tarde desta segunda-feira, público lotou bares e restaurantes do DF

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Torcedores comemoram gol do Brasil que em seguida foi anulado por impedimento. Na foto Djalma Souza(blazer), 42, servidor público.
1 de 1 Torcedores comemoram gol do Brasil que em seguida foi anulado por impedimento. Na foto Djalma Souza(blazer), 42, servidor público. - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Depois de emplacar 2 x 0 na partida de estreia na Copa do Mundo, a Seleção Brasileira enfrentou, nesta segunda-feira (28/11), a Suíça, no segundo jogo classificatório para as oitavas de final, vencendo por 1 x 0 o time rival.

E, mesmo sendo início de semana, os brasilienses não abriram mão de correr até os bares e restaurantes para acompanhar, ansiosos, os passos dos 11 craques em campo, rumo ao tão sonhado hexa.

Em um bar na 307 Sul, uma fila se formava desde as 12h, uma hora antes de o jogo começar. Mesmo assim, a espera não tirou o ânimo de quem quis ir ao estabelecimento para assistir à partida.

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Enquanto aguardava os amigos, Carla Ogila, 24 anos, comentou a ausência de alguns jogadores: “O Vinícius Jr. é maravilhoso. E ainda temos muitas pessoas para brilhar no time”. Otimista, a universitária espera um placar de 3 x 0 para o Brasil.

Na Rodoviária do Plano Piloto, com intensa correria antes do horário de almoço, o terminal começou a esvaziar por volta das 12h.

Quem passou por lá não abriu mão do verde e amarelo nem de dar um palpite sobre o jogo. “Vai ser 3 x 1, mesmo sem o Neymar. Temos o Pombo [Richarlison], o Vinicius Jr.”, apostam as gêmeas Cristiane e Camila Souza, 25.

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As irmãs acompanharam a primeira partida na casa de um amigo, mas, desta vez, optaram por ver o jogo em um bar da Asa Norte. “Resolvemos ir para um lugar com mais gente, mais arruaça, mais barulho”, conta Cristina. “Estamos confiantes no hexa”, completa Camila.

Comerciante no terminal rodoviário, Raimundo Lima Silva, 62, fechará a loja mais cedo, para acompanhar a partida. “Hoje vai ser, ao menos, 2 x 1. Um gol do Richarlison e um do Thiago Silva. Brasileiro tem fé”, comenta.

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A tensão nas ruas do DF ficou mais palpável a cada minuto que se aproximava o início da disputa entre Brasil e Suíça. Na 201/202 Norte, cerca de meia hora antes do jogo, o trânsito ficou travado.

Para o trio de amigas Amanda Rosa, 22, Clara Domeneck, 26, e Amanda Carrilho, 26, o hexa está confirmado. “Com toda certeza. Todos os videntes e as sensitivas falaram que [a taça] vem. O time é muito competente”, elogia Clara.

Comemoração tripla

A fisioterapeuta Dalila Assenço, 32, não só comemorou a vitória do Brasil em cima da seleção da Suíça por 1 x 0, na Copa do Mundo do Qatar, mas também celebrou o aniversário e o pedido de noivado com familiares e amigos no bar Fausto e Manoel, do Sudoeste.

“Quando eu vi que meu aniversário ia ocorrer em um jogo da Copa, eu falei: ‘Eu tenho que comemorar junto’. Ninguém ficou infeliz, todo mundo ficou em pé e veio o gol.
Se eu fiquei noiva, o hexa vem fácil”, comemorou Dalila.

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O pedido de noivado veio de surpresa no último domingo (27/11). “Esperava mais ou menos, nem tanto. Ele me deu uma caixa grandona e, na hora que eu vi, falei: ‘Agora o hexa vem”, disse a noiva.

“Eu acho que faz parte. A gente está vivendo uma fase muito boa da nossa vida, então a gente tem que refletir em manifestações. Não basta só pensar positivo, tem que manifestar positivo”, afirmou o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Rogério Brito, 43.

Expectativas

Em um bar na 202 Sul, os espectadores gritavam a cada chance de gol, e o fim do primeiro tempo sem marcações deixou os torcedores apreensivos. “Não pensei que fosse achar isso, mas estou sentindo a Suíça fortíssima”, disse Beatriz Carvalho, 24.

Alessandro Bittar, 18, acredita que o primeiro tempo precisou de mais finalizações. “Eles tiveram boas oportunidades, só faltou marcar”, brincou o torcedor, que acreditava em um gol de Vinícius Júnior.

E a promessa de entrega quase se cumpriu quando o Brasil marcou o primeiro gol, que acabou anulado em seguida. “É uma pena, porque foi um belo tiro. O Neymar tem feito falta. Ele puxava muito a marcação, o que deixava os outros jogadores livres”, opinou o servidor público Djalma Souza, 42, que aproveitou o horário de almoço para assistir à partida.

A apreensão de o jogo terminar sem gols demorou para passar, mas não foi definitiva. Em outro bar, na 102 Sul, a torcida cantou, orgulhosa, quando Casemiro marcou o primeiro da Seleção. “Brasil, Brasil, Brasil!”, gritaram, enquanto batiam nas mesas.

Depois de algumas apostas perdidas, gols anulados e do horário complicado da partida, os brasilienses, agora, se preparam para o próximo jogo, na sexta-feira (2/12), contra Camarões.

“O jogo foi sofrido, mas o gol foi bonito e deixa a esperança de que seja cada vez melhor daqui para a frente”, comemorou Flávia Santos, 38. “Agora já posso correr para o trabalho”, emendou a jornalista.

Encontro na Embaixada

Os suíços que moram em Brasília se reuniram na embaixada do país para acompanhar o jogo. Cerca de 200 pessoas comparecem ao local para assistir à partida válida pela segunda rodada da Copa do Mundo.

A Arena Suíça, que está em processo de construção, recebeu autoridades brasileiras, corpo diplomático, empresas suíças e torcedores suíços e brasileiros.

A missão diplomática montou um telão para que os convidados pudessem acompanhar a transmissão da partida de futebol. Também foram servidas comidas típicas da Suíça, como queijos, salsichas e chocolate, e tradicionais bebidas do Brasil.

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Para o embaixador Pietro Lazzeri, o evento representa uma celebração da amizade entre os dois países. “O Brasil tem um excelente time, e a Suíça, uma equipe que se conhece muito bem. Então vamos torcer para um empate”, ponderou.

Para a cidadã suíça Lizete Rey, 59, acompanhar a partida na embaixada traz a sensação de estar no país europeu, mesmo falando em português. “Eu estou torcendo que vai ser empate. Aqui é uma ótima confraternização para encontrar patriotas e torcer pelo nosso time do coração”, conta a profissional em relações públicas.

As amigas Polianna Furtado e Thaís Fernandes prestigiaram a transmissão. Elas estavam enfeitadas para torcer pro Brasil. “Eu estou esperando aquele golaço do Richarlisson. Vamos ver se hoje o placar fica no 2×0”, disse Polianna.

Membro do corpo diplomático, o suíço Ymer Durmishi estava acompanhado dos três filhos. Mesmo apoiando o time de seu país, ele acreditava que o Brasil levaria a melhor hoje.

“Para mim, os esportes são muito importantes. Eu gosto muito de futebol. Sei que a seleção brasileira é um grande time e a Suíça joga muito bem, mas acho que o Brasil vai vencer por 2×0”, declarou Ymer.

Segundo a embaixada, cerca de 300 famílias suíças moram em Brasília. No Brasil, são mais de 15 mil pessoas.

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