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GDF não paga dívida e empresas se recusam a consertar tomógrafos na rede pública

Dos 12 aparelhos existentes nos hospitais do DF, quatro estão com problemas. Executivo deve R$ 2,2 milhões às companhias, que só vão fazer a manutenção das máquinas quando os débitos forem quitados

atualizado

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Os consertos dos tomógrafos quebrados na rede pública de Saúde vão depender da Justiça. As empresas se recusaram a fazer os reparos em pelo menos quatro aparelhos quebrados nos hospitais do DF. O Executivo local tem uma dívida de R$ 2,2 milhões com a GE, a Siemens e a Philips. Por isso, as companhias se negam a prestar os serviços.

A Secretaria de Saúde alega ter o dinheiro para pagar os contratos de 2015, mas só pode começar a quitar os débitos de 2014 em julho do ano que vem. A pasta acionou o Ministério Público do DF para tentar firmar os contratos com as empresas mesmo com as dívidas a pagar.

Manoela Alcântara/MetrópolesHoje, dos 12 tomógrafos nos 16 hospitais do DF, somente oito estão em pleno funcionamento. No Hospital de Base do DF, onde ocorre a maior demanda pelos exames, os dois tomógrafos estão com problemas. Um está totalmente quebrado, o outro opera com 60% da capacidade devido a um problema no sistema de resfriamento.Um terceiro foi desmontado para auxiliar nas sessões de radioterapia.

Sem os aparelhos, os pacientes não podem, por exemplo, diagnosticar tumores ou problemas abdominais. As dívidas vêm desde 2014 e a secretaria fica refém das empresas por elas serem as fabricantes. “Já reconhecemos as dívidas e vamos começar a pagar a partir do meio do ano que vem. O que a gente espera é que as empresas compreendam a necessidade desses contratos e do uso dos aparelhos, a população não pode esperar”, afirmou o secretário de Saúde, Fábio Gondim (foto).

Os aparelhos com problema estão nos hospitais de Base, de Ceilândia e do Gama. O Hospital Regional da Asa Norte é o único que tem um aparelho novo, ainda na garantia. Todos os outros, estão sem contrato de manutenção.

Em setembro, os deputados distritais destinaram R$ 352 milhões de emendas parlamentares para a saúde. No entanto, de acordo com Gondim, não há verba específica para os tomógrafos. “Quase todas as emendas vieram com funções específicas, os tomógrafos não estão incluídos”, afirmou o secretário.

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