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Conheça a história de outras noivas que o cerimonialista Francisco Bezerra deixou na mão

Roberta, Leyla e Nathália não foram as únicas a ter problemas no casamento após serem enganadas pela empresa especializada em matrimônios

atualizado

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Nova Marcelle
1 de 1 Nova Marcelle - Foto: null

O calote aplicado pelo cerimonialista Francisco Coelho Bezerra no último fim de semana reacendeu a indignação de outras noivas do Distrito Federal. O casal Roberta Souza e Ralpho Guimarães não foi o único a ter problemas na sonhada cerimônia. Após a denúncia do Metrópoles, pipocaram mensagens nas redes sociais de mulheres que, de alguma forma, sofreram com as promessas do empresário.

A professora Marcelle Anne Galvão Dantas (foto acima, à esq.), 32 anos, fechou contrato com o proprietário da News Cerimonial em dezembro de 2013. Depois de ler várias reclamações sobre o profissional em páginas da internet e em grupos no WhatsApp, resolveu rescindir o acordo. “Um grupo da Igreja Católica me indicou os serviços dele [Bezerra]. Me disseram que ele era o único cerimonialista que tinha ligação com a Arquidiocese de Brasília. Era tudo o que eu queria (à época)”, contou Marcelle.

“Ele usa a religião para enganar as noivas. Era amém pra lá, amém pra cá”, relata a relações públicas Roberta Souza, que ficou sem DJ, luz e palco durante a festa de casamento e registrou ocorrência na segunda-feira (12/10) contra o empresário.

Como uma pessoa que se diz tão religiosa oferece um cigarro de maconha para me acalmar no dia da cerimônia?

Roberta Souza

A advogada de Marcelle, Paloma Alves, informou que, no documento assinado pela professora, constava uma cláusula que assegurava ao casal prazo de 120 dias para cancelar o serviço. Ainda assim, eles receberiam apenas metade do valor investido. Como já havia ultrapassado esse limite, Bezerra teria oferecido devolver à noiva apenas R$ 100. Resultado: Marcelle e o marido decidiram entrar na Justiça contra o cerimonialista.

Em 14 de agosto, o juiz responsável pelo caso sentenciou Bezerra a devolver o dinheiro pago por Marcelle, com um decréscimo de 20% pela multa de rescisão do acordo. No entanto, a professora não acredita que vai receber esse valor. Ela explica que a ação foi feita contra o CNPJ da empresa, que já não existe mais. Além disso, o cerimonialista não possui bens em seu nome.

Outras vítimas
A jornalista Leyla Ribeiro, 30, só percebeu o problema no dia da cerimônia. “Ele me acompanhou durante 1 ano e 4 meses e estava sempre presente, mas, no dia do meu casamento, simplesmente desapareceu”, conta.

Ela relata ter desembolsado R$ 1,4 mil de uma vez. Durante a festa, Leyla tentou ligar para Bezerra. Segundo a jornalista, o empresário alegou ter tido uma crise de intolerância a lactose e, por esse motivo, não teria comparecido à celebração. O cerimonialista deslocou uma equipe, mas, de acordo com a noiva, os funcionários estavam perdidos.

Leyla também tinha contratado os serviços de Marina Bolos e Doces. A loja era referência no segmento em Brasília e fechou as portas depois de 20 anos de tradição na cidade. Ela, no entanto, conseguiu outro fornecedor antes da cerimônia.

Nathália Mendes, 27 anos, também foi vítima do empresário. Desde 2012 ela tenta receber o reembolso de um serviço que não chegou a ser feito. “Depois de um mês que o contratei, percebi que não ia dar certo. Ele nunca deu a atenção que eu precisava e me senti desamparada”, lamenta a jovem.

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