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Condutoras da Uber terão botão para escolher clientes mulheres

Iniciativa faz parte de projeto para aumentar o empreendedorismo feminino na empresa. Há também descontos para aluguel de carros

atualizado

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Manoela Alcântara/Metrópoles
Claudia Woods, presidente-executiva da Uber no Brasil
1 de 1 Claudia Woods, presidente-executiva da Uber no Brasil - Foto: Manoela Alcântara/Metrópoles

O programa Elas na Direção, da Uber, aplicativo de transporte individual privado, chega ao Distrito Federal nesta quarta-feira (11/03). A partir de agora, as motoristas da plataforma terão um “botão” específico para quando quiserem fazer viagens somente com passageiras do sexo feminino.

Terão ainda desconto de 10% no aluguel de carros em uma empresa específica, além de capacitação digital feita pela empresa.

A iniciativa faz parte de uma campanha da empresa lançada em outubro, inicialmente para três cidades: Campinas, Curitiba e Fortaleza. Nesta quarta-feira, a Uber anunciou, em São Paulo, a expansão para Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Manaus, Recife e Salvador.

Após realizar pesquisa sobre a necessidade das mulheres condutoras de Uber, a empresa percebeu que 64% tinham preocupação com a segurança; 36% apontavam dificuldade em ter acesso a um carro; e 76% diziam gostar de trabalhar com flexibilidade no horário.

A expectativa com a expansão do programa é aumentar o número de condutoras empreendedoras na Uber e gerar renda para as mulheres. Hoje, no Brasil, dos cerca de 600 mil motoristas, somente 6% são mulheres. Em Brasília, esse percentual se reduz a 4,9% do total.

“É um cenário que não podemos aceitar. Os pensamentos, em alguns momentos, são de falta de capacitação, falta de tempo. A Uber tem uma flexibilidade que muda as possibilidades de trabalho e a realidade das mulheres”, ressaltou a presidente-executiva da Uber no Brasil, Claudia Woods (foto em destaque).

Segurança

O programa foi lançado em outubro de 2019, com investimento de R$ 5 milhões em medidas de enfrentamento à violência contra a mulher. Em três anos, a campanha com o lema “Toda mulher pode e deve ser o que ela quiser” pretende trazer uma série de novidades às parceiras da plataforma e às usuárias.

Em uma ação conjunta com a Organização das Nações Unidas para Mulheres (ONU-Mulheres), a ideia é gerar independência financeira a fim de reduzir os ciclos de violência.

Pesquisa realizada pela Uber identificou o perfil das mulheres empreendedoras. Elas precisam de flexibilidade para trabalhar, seja por causa dos filhos, seja para renda extra ou seja para cuidar da família.

O levantamento apontou que as mulheres empreendedoras têm, em sua maioria, entre 30 e 40 anos. Além disso, 59% são casadas, 52% têm filhos, 69% contam com pós-graduação e 38% apontam o negócio como principal fonte de renda.

Para as usuárias

As passageiras têm acesso a três novos sistemas voltados a garantir a segurança: o U-código, o U-ajuda e o U-áudio.

O primeiro exige que a usuária apresente uma senha ao motorista antes do início da viagem. A segunda identifica possíveis desvios ou paradas nas rotas das viagens e emitem alertas no sistema. E a terceira possibilita que todo o áudio da viagem seja gravado.

As passageiras ainda não podem escolher motoristas exclusivamente do gênero feminino. De acordo com a Uber, é necessário que o número de empreendedoras aumente para essa ferramenta ser liberada às usuárias sem um impacto no tempo de espera. O botão de escolha lançado pela empresa nesta quarta é específico para as motoristas.

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