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Com recorde no último trimestre, BRB lucra R$ 418 milhões em 2019

O banco aumentou correntistas e reduziu despesas. Nos últimos três meses do ano passado, lucro líquido recorrente chegou a R$ 129,5 milhões

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
BRB-2
1 de 1 BRB-2 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Banco de Brasília (BRB) alcançou lucro líquido recorrente de R$ 129,5 milhões no quarto trimestre de 2019 e bateu recorde histórico da instituição financeira. O número representa crescimento de 78,9% em relação ao mesmo período de 2018. Balanço divulgado nesta quinta-feira (20/02/2020) mostra ainda que o banco aumentou o número de correntistas e reduziu despesas.

O crescimento no lucro líquido recorrente ocorreu no período devido ao aumento da margem financeira, avanço das receitas com tarifas e prestação de serviços, redução das despesas com devedores duvidosos e controle de gastos das despesas com pessoal e administrativas.

No ano, o lucro líquido alcançou R$ 418 milhões, o que significa um aumento de 69,1% em relação a 2018.

Segundo o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, os resultados alcançados mostram uma instituição mais competitiva, moderna, ágil e focada na melhoria da oferta de produtos, serviços e de relacionamento com clientes — pessoas física e jurídica.

“Ao longo de todo o ano passado, procuramos oferecer opções mais atrativas aos nossos clientes e atuamos ao lado do setor produtivo. Para 2020, nosso planejamento estratégico é focado na expansão nacional do BRB e na oferta de um banco ainda mais completo e competitivo”, afirmou Paulo Henrique Costa.

O BRB conta hoje com 132 agências distribuídas em todas as regiões do Distrito Federal e Entorno, além de presença nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins.

O presidente chamou atenção também para o crescimento no sentido de financiamento de moradias. “O BRB se tornou o banco da habitação no DF. Produzimos mais do que o Bradesco e o Banco do Brasil somados. Temos a menor taxa de habitação do Brasil, em 6,49% ao ano. Estamos fortalecendo a imagem do banco”, completou Paulo Henrique.

Hugo Barreto/Metrópoles
Paulo Henrique Costa, presidente do BRB

Outro recorde

A carteira de crédito ampla chegou a R$ 11 bilhões — o maior nível da história do BRB — e apresentou crescimento de 22,5% em 12 meses e de 8,6% no trimestre. O principal destaque foi o crédito consignado: o saldo alcançou R$ 6,09 bilhões com evolução de 27,3% em 12 meses e de 8,8% no trimestre.

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa diminuíram. Elas foram de R$ 136,7 milhões no ano passado, uma redução de 36,5% em relação a 2018 e um dos pontos altos para o crescimento do lucro líquido corrente.

A redução na despesa decorreu da melhora na qualidade da carteira, com gestão de riscos mais eficiente, evolução dos critérios de concessão e da recuperação de créditos inadimplentes. Essa foi uma política amplamente divulgada pelo BRB, inclusive para reduzir o número de superendividados.

“Houve melhoria em todas as nossas linhas. Nossa carteira de crédito fala muito sobre o BRB. Crescemos em praticamente todas as linhas de negócio. Nosso consignado foi o carro-chefe. Ainda ampliamos nossos clientes, crescemos para o Brasil e vamos expandir ainda mais, fortalecendo o BRB”, afirmou o presidente da instituição.

Inadimplência menor

A inadimplência encerrou o quarto trimestre de 2019 em 1,7%, redução de 0,3 pontos percentuais em relação a setembro de 2019 e dezembro de 2018, permanecendo abaixo da média de mercado, de 2,9%. Os ratings de menor risco, de AA-C, aumentaram a participação na carteira para 94,8% em dezembro de 2019.

As receitas com prestação de serviços e tarifas alcançaram um total de R$ 422 milhões no ano passado, crescimento de 14,4% frente a 2018. No quarto trimestre de 2019, essas receitas chegaram a R$ 130 milhões e evolução de 24,3%, quando comparadas às do trimestre de 2018.

O BRB encerrou dezembro de 2019 com índice de Basileia de 16,3%, dos quais 14,6% no capital nível I e 1,7% no capital nível II, acima do nível regulatório de 10,5%.

Em dezembro de 2019, o BRB possuía um total de 639 mil clientes ativos, crescimento de 2% em 12 meses. Os clientes pessoa física (PF) representam um total 613 mil, crescimento de 2,1% no trimestre. Já os clientes pessoa jurídica (PJ) se mantiveram no mesmo nível de 2018, 26 mil.

Tendência

O bom resultado segue uma tendência. A instituição havia alcançado lucro líquido recorrente de R$ 121,9 milhões no terceiro trimestre de 2019 — crescimento de 129,3% em relação ao mesmo período de 2018. Nos nove primeiros meses do ano passado, o lucro líquido atingiu R$ 282,8 milhões, evolução de 50% quando comparado ao mesmo período de 2018.

O banco, que já assumiu o Sistema de Bilhetagem Automático da cidade, agora também tomará conta dos serviços prestados à população pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF).

O BRB calcula que começará a prestar esses serviços em 60 dias. A previsão é modernizar todo o sistema do Detran, dar opções de o usuário resolver os problemas pelo celular, além de mudanças nas estruturas físicas. Entre os serviços, estão a emissão de segunda via de documento, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e de multas, além da transferência de veículos.

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