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Aplicativo “made in BSB” é rede social para troca de moeda estrangeira

O aplicativo permite o contato entre pessoas interessadas em trocar moedas estrangeiras

atualizado

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Lucas C.Ribeiro/Divulgação
felipe barbosa
1 de 1 felipe barbosa - Foto: Lucas C.Ribeiro/Divulgação

A popularização do Uber, aplicativo mobile de transporte, serviu de inspiração para a criação de facilitadores de outros tipos de serviços. Um deles é o Monepp, lançado neste mês por Felipe Barbosa, curitibano de 23 anos que mora na capital há cinco anos por conta da graduação em administração na Universidade de Brasília (UnB). O aplicativo, disponível somente para os celulares Android, foi criado pelo jovem para permitir o contato entre pessoas interessadas em trocar moedas estrangeiras.

Assim como o Uber, o Monepp funciona com sistema de geolocalização, que possibilita ao usuário determinar o raio de proximidade que deseja na busca de ofertas. Dessa forma, os interessados se comunicam pelo bate-papo do aplicativo e marcam encontro presencial para que a troca possa ser realizada. Não há qualquer tipo de estipulação de preço ou regulamentação em cima do dinheiro trocado.

Reprodução

A ideia surgiu em 2015, durante uma conversa entre amigos sobre a situação econômica da Venezuela e da Argentina. “Ao falar sobre a dificuldade de comprar dólares nesses países, um dos meus colegas disse que deveríamos fazer um ‘Uber de câmbio’ para ajudá-los”, conta Felipe. Em um mês ele já estava com o projeto pronto. O rapaz também obteve apoio de dois empresários do Paraná, que se dispuseram a investir R$ 200 mil na construção do aplicativo, possibilitando também a entrada dos estudantes na área da informática da Universidade Federal do Paraná (UFRP) Renan Greca e Giancarlo Camilo no projeto.

Com um modelo-teste pronto, Felipe lançou o Monepp na Venezuela no fim de 2015. Após dois meses, retirou o aplicativo do ar para fazer ajustes e o relançou há dois meses no país latino-americano. “A aceitação ao app vem sendo boa, com feedbacks positivos”, explicou. No Brasil, há cerca de 2 mil usuários únicos acessando o aplicativo por dia. “A expectativa agora é termos 100 mil usuários até o fim de 2016”, diz o rapaz. Apesar da alta adesão, ainda não há uma data definida para o lançamento do app adaptado para celulares iPhone.

Mercado negro
Apesar da boa novidade, o Monepp acende a luz para um problema facilmente encontrado nos países de difícil câmbio: o mercado negro. Ricardo Caldas, presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal (Sinfor) acredita que, como não é possível a fiscalização dos valores trocados pelos usuários, o app poderia ser usado como meio de as pessoas escaparem das taxas de câmbio definidas pelo país. “Isso poderia se configurar em uma prática de mercado negro”, afirma.

Para escapar da polêmica, Felipe afirma que o aplicativo serve apenas de meio para pessoas que têm dinheiro estrangeiro sobrando encontrem outras que necessitem da grana rapidamente. “O aplicativo em si, que não é de uso comercial, não realiza operação de câmbio, então não estamos sujeitos à regulação do Banco Central”, explica.

Além disso, para impedir a proliferação de pessoas mal-intencionadas, o app conta com um ranking que avalia a reputação tanto daqueles que compram quanto os que vendem. “É basicamente o mesmo sistema usado por outros serviços de transação direta, como o Uber e o Mercado Livre”, conclui.

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