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Carro atingido por helicóptero dos Bombeiros que caiu no DF não tem seguro

Wellington Silva, 40 anos, diz que há menos de uma semana retirou o carro da oficina, onde fez uma revisão. “Não posso ter dívida”, lamenta

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Helicóptero de resgate do Corpo de Bombeiros cai no DF
1 de 1 Helicóptero de resgate do Corpo de Bombeiros cai no DF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que caiu na manhã desta quinta-feira (30/7) em Vicente Pires, causou apenas estragos materiais. A aeronave, que atingiu o muro de uma faculdade particular e um carro, ficou totalmente destruída. O veículo, que acabou debaixo do helicóptero, não tem seguro.

O dono do Ford K, de cor preta, é Wellington Silva, de 40 anos. Ele trabalha na gráfica Mais Soluções, que funciona nas proximidades de onde a aeronave caiu. Ao Metrópoles, Wellington disse que estava no local quando ouviu um barulho muito alto.

“Eu ouvi e saí correndo. Quando vi a nuvem de poeira, corri para lá e vi que meu carro estava em baixo do helicóptero”, detalhou o designer.

Segundo Silva, o veículo não tem seguro,  tinha passado por uma revisão há uma semana. “Eu acabei de tirar o carro da oficina. Fiz uma suspensão e pintura. Gastei R$ 3 mil só com a suspensão. O carro estava novinho”, lamenta.

A preocupação do designer é com o prejuízo que deve arcar. “Vou esperar a perícia para ver o que posso fazer, porque não posso ter dívida agora. Só Deus para ajudar”, comentou Wellington.

A queda do helicóptero aconteceu por volta das 10h16 da manhã desta quinta. De acordo com a corporação, os ocupantes conseguiram sair com vida e se encontram conscientes e estáveis.

A aeronave é a número 2 de resgate no DF. A queda ocorreu bem próximo à EPTG, em frente da Faculdade Mauá e próximo da Unidade Básica de Saúde 1 da cidade.

Segundo o Coronel Carlos Barcelos, comandante operacional do Corpo de Bombeiros, o helicóptero estava a caminho de socorrer uma vítima de parada cardiorrespiratória e iria pousar quando caiu. Ainda não se sabe quais razões podem ter provocado a queda.

“A Aeronáutica vai fazer uma perícia e avaliar o que realmente aconteceu. Só depois tomaremos as decisões de retirada do helicóptero”, afirmou. “Estamos coletando todas as informações, imagens de câmeras para apurar as causas do acidente”, completou.

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Os bombeiros informaram que havia cinco pessoas no helicóptero: dois pilotos, um militar e um médico do CBMDF e uma enfermeira da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Somente uma das vítimas, o médico, teve ferimentos leves e foi levada para o hospital HOME, na Asa Sul.

De acordo com o coronel, a vítima de parada cardiorrespiratória que seria atendida pela equipe recebeu socorro de uma ambulância. Todos os ocupantes foram encaminhados para um hospital para avaliação médica. “Mas ninguém se machucou gravemente, só o médico que sofreu um corte”, informou o coronel Carlos Barcelos.

A área foi interditada porque havia perigo de incêndio. O cheiro de gasolina era muito forte no local e os bombeiros permaneceram um bom tempo trabalhando para conter o vazamento.

Luiz Felipe de Araújo, 36 anos, contou ao Metrópoles que estava andando de bicicleta na EPTG quando viu a aeronave caindo. “Eu estava pedalando do outro lado da rua e vi o helicóptero abaixando. Depois, ouvi um barulho e vi a poeira subir. Pensei: ‘Pronto, só falta ter caído'”, contou.

“Eu tenho amigos no Corpo de Bombeiros que controlam aeronave, então, corri para ver se alguém se feriu. Ainda bem que não aconteceu nada de ruim”, completou.

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