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“Baixou o vidro e se masturbou”, diz nova vítima do “tarado do carro preto”

Moradores da Asa Sul estão em pânico com relatos de que um homem têm rondado o local, abordado crianças e mulheres enquanto se masturba

atualizado

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Carro preto - Metrópoles
1 de 1 Carro preto - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Além de um menino de 11 anos, alvo dos assédios de um homem apelidado de “o tarado do carro preto”, o motorista também teria importunado sexualmente uma mulher de 27 anos, na manhã de quarta-feira (29/3). Ambos os casos foram registrados na Asa Sul, um dos bairros mais nobres de Brasília. O suspeito se aproxima das vítimas e, ainda dentro do veículo, se masturba e tenta coagir as vítimas a entrar no automóvel. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso e está em busca do homem.

O garoto foi importunado sexualmente, por volta das 11h, em frente a uma escola pública na 912 Sul. A mulher teria sido abordada perto das 10h30, nas proximidades da Estação 108 Sul, do Metrô DF.

O Metrópoles conversou com a mulher após a publicação da reportagem que detalhou o ataque ao menino, no mesmo dia. Ao identificar que seria o mesmo homem, a vítima topou contar a sua história. Por questão de segurança, a identidade dela será preservada.

Quando a vítima chegou na estação, o automóvel parou na parada de ônibus no Eixinho. “Um carro preto encostou na parada e abaixou o vidro. Quando eu olhei, o cara estava me olhando. Ele estava com uma cara bem de tarado mesmo e, visivelmente, se masturbando”, contou.

A mulher olhou ao redor. Não havia ninguém por perto no momento. Sem opções, a vítima decidiu fugir em questão de segundos.

“Ele estava olhando diretamente para mim. E eu corri pela a escadaria e desci o mais rápido possível”, completou.

Perfil

De acordo com a vítima, o homem seria branco, aparentemente loiro, de meia-idade e parecia ser uma pessoa grande.

“A pele estava um pouco avermelhada, por ele ser tão branco. E ele tinha feições de gringo da Europa. Branco, branco mesmo”, ressaltou.

Logo após o episódio, a vítima sentiu medo e chegou a duvidar se teria passado mesmo por uma situação tão absurda. Ao ver as imagens gravadas da abordagem contra o menino, a mulher não teve dúvidas: se trataria do mesmo carro.

Veja a abordagem do carro preto:

Denúncia

A vítima pretende registrar o boletim ocorrência na PCDF. Para ela, o motorista deve ser identificado e preso o mais rápido possível.

“Eu acredito que não teria sido a única vítima. Essa criança também não foi [a única]. Esse cara estava rodando a Asa Sul, procurando pessoas que aparentam ser vulneráveis”, desabafou.

“Se trata de uma pessoa doente, totalmente doente, sem ter o que fazer. Porque isso é de uma gravidade gigante. Vi aquele vídeo. Nossa! Para ele pegar a criança era um pulo. Da mesma forma como poderia ter sido comigo”, alertou.

Revolta

Até então, a mulher não havia sido vítima de uma importunação sexual semelhante. Ela desabafou com a família e os paentes compartilharam da revolta.

Para a jovem, é importante reforçar o policiamento na Asa Sul. Além disso, ela encoraja que, caso alguém tenha informações, ajude a PCDF. “Que ele seja punido. Porque senão, ele vai continuar com isso”, arrematou.

Aspa

O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF), Alexandre Veloso, afirmou que a instituição cobra a identificação e a punição rígida do motorista do carro preto.

Na avaliação de Veloso, a sensação de insegurança nos arredores de escolas é crescente. Além de denúncias de possíveis pedófilos, a associação recebe informações sobre tráfico e consumo de bebidas alcóolicas perto de colégios.

A abordagem do menino em uma área de escolas acendeu a luz de alerta entre pais de alunos. Para a Aspa, famílias, escolas e órgãos de segurança devem conscientizar as crianças de como evitar situações de perigo nas ruas.

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Reforço

A associação também defende um reforço do efetivo do Batalhão Escolar da Polícia Militar (PMDF), justamente para aumentar o patrulhamento e os protocolos de vigilância perto das escolas.

Veloso considera que o problema deve ser encarado com seriedade e parceria entre a comunidade escolar e as autoridades, mas sem alarmismo. “Não podemos criar terrorismo. Não é para as crianças ficarem somente em casa. Isso é antissocial. Se não, vamos criar uma situação onde ninguém fala com ninguém”, ponderou.

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