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Assassinos conviveram com família de policial penal mesmo após matá-lo

O servidor público tinha uma loja de material de construção. Segundo a PCGO, a vítima foi morta pelos próprios funcionários

atualizado

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Reprodução
Policial Penal desaparecido
1 de 1 Policial Penal desaparecido - Foto: Reprodução

Os suspeitos de matar o policial penal de Goiás José Françualdo Leite Nobrega (foto em destaque), de 36 anos, desaparecido há mais de um mês, conviviam dissimuladamente com a família da vítima, mesmo após o crime.

O servidor público tinha uma loja de material de construção e, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), foi morto com quatro tiros pelos próprios funcionários.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Águas Lindas (GO). O corpo do policial penal foi encontrado em avançado estado de decomposição nesse sábado (6/1), na área rural de Cocalzinho (GO).

De acordo com os investigadores, a partir de quebras de sigilo, surgiu a suspeita de que os autores seriam pessoas que trabalhavam para José Françualdo.

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Conforme a apuração da equipe de investigação, alguns dos envolvidos continuavam frequentando a rotina da vítima, mesmo após o assassinato. O convívio seria normal, como se nada tivesse acontecido.

No sábado (6/1), segundo os investigadores, um dos envolvidos que nunca tinha revisto a família se encontrou com eles. Parentes do policial penal começaram a questioná-lo. Nervoso, o homem acabou informando a localização do corpo.

O caso

O servidor estava desaparecido havia mais de um mês. Ele foi assassinado com quatro tiros: um nas costas e três no peito. O corpo encontrava-se em avançado estado de decomposição.

“Eles estavam dentro da casa dele, já trabalhavam com ele há mais de 10 anos”, disse ao Metrópoles um parente da vítima, que preferiu não ser identificado. “Fazer isso por dinheiro foi uma covardia tremenda“, declarou.

Entre os detidos estão dois funcionários que trabalhavam para o policial penal em uma loja de aluguel de material de construção. Um deles foi identificado como Manelito Lima Júnior, responsável pela parte financeira do estabelecimento gerenciado por Françualdo.

Outro suspeito de ter participação na execução do servidor da segurança pública foi identificado como Daniel Amorim Rosa de Oliveira. A terceira detida é Marinalda Mendes Vieira. Ela não foi presa e responde em liberdade. O papel de cada um no crime bárbaro ainda não foi detalhado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Goiás, Maxsuell Miranda das Neves, lamentou a notícia. “A categoria está de luto pela morte do nosso irmão. Françualdo era um excelente profissional e muito querido pela tropa. O que fizeram foi uma covardia muito grande, porque ele deu emprego para algumas pessoas e acabou covardemente assassinado por elas.”

Veja o passo a passo dos acontecimentos:

  • Antes do desaparecimento, o policial informou ao irmão que iria ao Distrito Federal buscar R$ 40 mil.
  • O servidor público foi visto pessoalmente por parentes pela última vez na tarde de segunda-feira (27/11).
  • Na terça (28/11), José Françualdo se dirigiu à capital federal.
  • O último contato dele com parentes por mensagens via WhatsApp aconteceu na tarde do dia 28 de novembro.
  • Por volta das 18h51, imagens de câmeras de segurança na DF-130, sentido Rajadinha, em Planaltina (GO), mostram o veículo do policial.
  • Horas depois, o veículo foi encontrado carbonizado na área do Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá (DF).
  • Na quarta-feira (29/11), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou se tratar da caminhonete do servidor público

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