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Arroz, óleo e tomate: veja os preços que salgam o prato dos brasilienses

Em supermercados do DF, a reportagem encontrou pacote de 5 kg de arroz por pouco menos de R$ 30 e o quilo da carne a quase R$ 40

atualizado

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Hugo Barreto/ Metrópoles
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1 de 1 atacadao - Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles

A lista do supermercado ficou com preço mais salgado durante a pandemia. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (9/9), comprova aquilo que o consumidor vem percebendo nas gôndolas. Tomate, arroz, carnes e óleo de soja, itens considerados essenciais no prato dos brasileiros, são os maiores responsáveis pelo aumento do custo de vida no Distrito Federal em agosto.

A inflação no DF, no período analisado, ficou em 0,58%. É mais do que o dobro da média nacional (0,24%) e o terceiro maior índice do país. Em todo o Brasil, o que mais pesou no bolso do consumidor foram os preços da gasolina, em alta pelo terceiro mês seguido, e dos alimentos, que voltaram a subir em agosto após certa estabilidade em julho.

A carne está com preço bem indigesto. Um quilo de contra filé custa, por exemplo, R$ 34,99. Já o pacote com 5kg de arroz e o quilo do feijão chegam a R$ 27,99 e R$ 11,99, respectivamente, em um supermercado de Sobradinho, segundo pesquisa feita pela reportagem na tarde desta quarta.

Com os preços nas alturas, o professor de geometria Sérgio Luiz revela que está mais cauteloso na hora de gastar. “Jamais compro verduras em supermercados, em feiras chega a ser 60% mais barato. Já quanto ao arroz e feijão, eu estou indo ao Goiás para comprar, pois lá os impostos em cima dos alimentos são mais baixos, aí consigo aproveitar alguma coisa”, pontua.

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Para Silas Lago, gestor de logística empresarial, o momento é de analisar ao máximo os preços. “Eu estou fazendo uma pesquisa nos supermercados da região e, nos menores, costuma ser mais barato. Tenho feito compras semanais”, destaca.

Valter Bernadino, assistente administrativo, pensa de forma semelhante. “Estou andando por vários mercados e escolhendo onde está mais barato. Além de fazer as compras ao poucos”, conta.

A administradora Renilda Sena diz que o consumidor não tem muito para onde fugir. “Busco sempre o melhor preço. Mas olha isso aqui [aponta para a tabela de preços de carne]. Como driblar isso?”, indaga.

Para o Sindicato dos Supermercados do DF (Sindisuper), o aumento nos valores de produtos essenciais na alimentação do brasileiro é motivo de preocupação. Em nota, a entidade diz que os supermercados têm se esforçado para manter os preços desde o início da pandemia. “Infelizmente algumas práticas abusivas de preço vem sendo praticadas, gerando transtornos em toda a cadeia comercial implementando a inflação”, disse.

Reclamações

O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) informa que foram registradas, de 14 de março até essa terça-feira (8/9), 1.289 denúncias relacionadas a preços abusivos de alimentos no DF.

Por essa razão, o diretor-geral, Marcelo Nascimento, se reuniu com o presidente da Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), Gilmar Pereira, para compreender melhor o cenário.

O Procon pede ao consumidor que faça denúncias nos canais oficiais do instituto, pelo telefone 151 ou e-mail 151@procon.df.gov.br.

Por enquanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descarta completamente tabelamento de preços.

Confira os índices
Transportes: 1,88% (maior alta do ano).
Gasolina: 5,73%
Etanol: 3,37%
Pneu: 3,34%
Óleo diesel: 2,83%
Alimentação e bebidas: 0,95%

Vilões 

Limão: 56,3%
Mamão: 32,1%
Tomate: 24,4%
Cenoura: 18%
Óleo de soja: 14%
Acesso à internet: 12,2%
Melancia: 11,4%
Telha: 9,4%
Óleos e gorduras: 7,6%
Pão de forma: 7,6%
Revestimento de piso: 7,6%
Tubérculos, raízes e legumes: 6,4%
Arroz: 6,3%
Carnes: 4,54%

Mocinhos
Cebola: -12,8%
Banana prata: -11,1%
Cheiro-verde: -6,1%
Batata-inglesa: -5,3%
Hortaliças e verduras: -5,2%
Manga: -5,1%
Alface: -4,6%
Desinfetante: -3,9%
Alho: -3,9%
Ovo de galinha: -3,9%

 

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