Após reunião com a Saúde, sindicatos garantem serviços durante paralisação
Acordo foi feito durante reunião com a secretária de Saúde Lucilene Florêncio nesta segunda (19/9). Paralisação está marcada para 4ª (21/9)
atualizado

A chefe da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Lucilene Florêncio, fez uma reunião, na tarde desta segunda-feira (19/9), com representantes dos sindicatos de saúde da capital federal para pedir que, durante a paralisação programada para a próxima quarta-feira (21/9), pelo menos 30% dos servidores estejam na escala. Durante a reunião, as entidades garantiram que haverá a prestação dos serviços, mas não garantiram a porcentagem.
Segundo os representantes das entidades de classe, já há uma escala em organização para enfrentar a greve. A paralisação ocorre em âmbito nacional e é uma resposta da categoria diante da suspensão do piso salarial da enfermagem, determinado na última quinta-feira (15/9), pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estamos pedindo a compreensão do momento. Considerando que temos uma demanda espontânea, principalmente com a população sofrendo com sintomas de dengue, Monkeypox e Covid-19 não tem como a gente paralisar 100% da atividade nas UBSs”, disse Lucilene aos representantes.
Segundo a secretária, a discussão em relação ao piso salarial está no Supremo Tribunal Federal (STF) e o GDF vai seguir o que for determinado pela Justiça.
Durante a reunião, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF) garantiu o atendimento nos Centro de Atenção Psicossocial (Caps), nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs); e nas emergências.
Newton Batista, presidente do Sindate, afirmou, durante o encontro, que não é possível garantir a presença de 30% dos trabalhadores. “Fazer greve na saúde é muito dinâmico e sensível. Não podemos colocar no papel 30%, 20% ou 40% porque a realidade de cada unidade é diferente”, afirmou. Ele disse que vai depender da “consciência” de cada trabalhador.
A paralisação vai durar 24h. O objetivo da ação é pressionar o Congresso Nacional para que encontre as fontes de custeio do piso salarial. “A gente quer que o piso seja reconhecido e é inevitável essa movimentação em todo o país. Mas temos discutido com os enfermeiros de cada unidade a importância de ter alguém nos Caps, nas UBSs”, declarou Jorge Henrique, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do DF (SindEnfermeiros).