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Após morte de macaco no DF, Saúde inicia ação contra a febre amarela

Primata estava infectado com o vírus da doença. Por precaução, campanha de cobertura vacinal foi iniciada em São Sebastião

atualizado

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Joao Paulo Burini/Getty Images
Mosquito Aedes aegypti
1 de 1 Mosquito Aedes aegypti - Foto: Joao Paulo Burini/Getty Images

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal promove, a partir desta segunda-feira (9/11), uma ação de bloqueio vacinal contra a febre amarela em São Sebastião. A medida tem como intuito precaver os moradores da região após ser detectado, na última quinta-feira (5/11), a morte de um macaco infectado com a doença.

Os domicílios, em um raio de 300 metros quadrados do bairro São José, local em que o mamífero foi encontrado, serão visitados por cerca de 50 profissionais de saúde, para conferir cartões de vacinação e identificar se os moradores estão vacinados contra a febre amarela.

Ainda na quinta-feira, como medida ambiental, a equipe da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) esteve próximo ao bairro São José e realizou o controle químico, com borrifação, para eliminar da área os mosquitos Aedes aegypti, transmissores da febre amarela, além de fazer a captura de alguns insetos para análise laboratorial. Esse procedimento foi repetido na sexta-feira (6) pela manhã.

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Caso os moradores não tenham sido vacinados contra a febre amarela, as doses serão aplicadas na casa das pessoas pelos profissionais de saúde. Todos aqueles que não tiverem recebido as doses necessárias ou não se lembrarem se foram imunizados deverão ser vacinados.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero, esclarece que o objetivo da medida é fazer um bloqueio vacinal em São Sebastião como forma de prevenção.

“O trabalho poderá se estender durante a semana, a depender da situação. Ao mesmo tempo, uma equipe vai fazer uma busca ativa por mais corpos de macacos em toda a região”, ressaltou.

A morte de um primata não humano (PNH) em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus em regiões de matas e florestas. Portanto, eles são indicadores importantes para vigilância da febre amarela.

Valério explica que os macacos não transmitem a febre amarela. “Assim como os seres humanos, eles também são infectados pelo vírus, mas não podem contaminar pessoas com a doença”, acrescenta, lembrando que o ciclo de transmissão da doença é por meio do mosquito. Na área urbana, o responsável por transmitir o vírus é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya.

Óbito de macacos

Este foi o primeiro caso de óbito de macaco confirmado com a doença neste ano no Distrito Federal. A última ocorrência do tipo havia sido registrada em 2016.

O Distrito Federal, no último boletim do Ministério da Saúde sobre monitoramento de mortes de macacos, recolheu 69 macacos mortos para análise, sem a confirmação de caso positivo para a febre amarela. Caso alguém encontre macacos mortos, deve comunicar pelo telefone 99269-3673 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Casos em humanos 

De acordo com o  boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o Distrito Federal não registrou casos da doença em seres humanos em 2019 e em 2020. Este ano, foram notificados nove casos suspeitos, mas nenhum foi positivo para a doença.

No entanto, em 2018, o DF houve dois casos confirmados, mas de pessoas contaminadas em São Paulo. Ressalta-se que a principal medida de prevenção contra a doença é a vacinação.

No DF, a cobertura vacinal de febre amarela está em 62,9%. A vacina é aplicada com uma dose aos 9 meses, além de reforço aos 4 anos. Pessoas de 5 a 59 anos não vacinadas ou sem comprovação vacinal devem tomar uma dose única.

Com informações da Agência Brasília.

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