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Após fogo no Metrô, TCDF recebe ação para barrar aumento de diretoria

Representação também denunciou queda de 48,81% no investimento em manutenção do Metrô para a segurança nos últimos 10 anos

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Hugo Barreto/Metrópoles
Metrô-DF / Metrópoles
1 de 1 Metrô-DF / Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) recebeu representação solicitando a suspensão do aumento salarial de 35% para a direção do Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), revelado pela coluna Grande Angular.

A ação também questiona a queda dos investimentos em manutenção de trens e trilhos nos últimos 10 anos: enquanto a verba liquidada em 2013 foi de R$ 307,3 milhões, em 2023 ela caiu para R$ 157,3 milhões (redução de 48,81%).

O Metrô-DF vai votar o aumento da diretoria nesta quinta-feira (18/1). A reunião ocorrerá seis dias após um vagão de um trem do Metrô-DF pegar fogo em Águas Claras e assustar a população.

Atualmente, a remuneração do presidente é de R$ 16,5 mil. O salário passaria a R$ 22,3 mil, chegando ao patamar de pagamento dos secretários de Estado do DF. Os diretores recebem R$ 14,9 mil atualmente, remuneração que passaria a R$ 20,1 mil.

Além de questionar o aumento da diretoria e a queda do investimento em manutenção, o TCDF também cita a queda de aplicações na modernização do sistema. A despesa liquidada na referida ação de modernização em 2017 foi de R$ 20,7 milhões, enquanto no ano passado  foi de aproximadamente R$ 300 mil, apenas.

Para 2024, o orçamento previsto para manutenção é de R$ 160,8 milhões e de R$ 29,3 milhões para modernização.

A representação foi produzida pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT). Segundo o parlamentar, o aumento da diretoria é uma inversão de prioridades. “Apenas 6 dias após o lastimável e inadmissível acidente, a empresa concede aumento de 35% a seu corpo diretivo. Não há justificativa plausível”, afirmou.

Outro lado: Metrô contesta estudo

O Metrô-DF não reconhece os valores apontados na pesquisa. Em nota, argumentou que em 2013, a verba liquidada empregada em manutenção foi R$ 199 milhões. Em 2023, a verba liquidada empregada em manutenção foi de R$ 207 milhões.

Segundo o Metrô, em relação a investimentos para a modernização do sistema, em 2017 foram investidos R$ 20,7 milhões. Em 2023, o montante chegou a R$ 12 milhões. No orçamento para 2024, o Metrô prevê R$ 225 milhões para ações de manutenção e R$ 87,9 milhões de investimentos.

Por outro lado, na nota, o Metrô não comentou sobre a questão do possível aumento para a diretoria.

Leia a nota completa:

O Metrô-DF informa que não recebeu nenhuma notificação do Tribunal de Contas do Distrito Federal a respeito de representação. Caso receba, prestará todos os esclarecimentos ao tribunal.
Em relação aos valores de manutenção e investimentos citados na pergunta, o Metrô-DF não os reconhece. Os valores corretos são: em 2013, a verba liquidada empregada em manutenção foi R$ 199 milhões; em 2023, a verba liquidada empregada em manutenção foi de R$ 207 milhões.
Em relação a investimentos para a modernização do sistema, em 2017 foram investidos R$ 20,7 milhões; em 2023, o montante chegou a R$ 12 milhões.
No orçamento para 2024, estão previstos R$ 225 milhões para ações de manutenção e R$ 87,9 milhões de investimentos.
Os dados são do SIGGO (Sistema Integral de Gestão Governamental), fonte oficial e principal instrumento de gestão governamental, onde se registra toda a execução orçamentária, financeira e patrimonial do GDF.

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