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Após cão morrer em clínica, CPI dos maus-tratos da CLDF investigará caso

Comissão dos maus-tratos da Casa vai buscar informações sobre episódio em que cãozinho morreu em clínica de banho e tosa

atualizado

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cachorro morto
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O caso do cachorro Flock entrou no radar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos maus-tratos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A dona cachorrinho postou um vídeo emocionado sobre o episódio.

A empresária Larissa Marques de Carvalho, 34 anos, deixou Flock na clínica Personal Dog, na Asa Norte, para banho e tosa. Mas quando a tutora foi buscá-lo, o cão da raça Spitz estava sem vida.

A tutora registrou boletim de ocorrência (BO) na Polícia Civil do DF (PCDF). O presidente da CPI, deputado distrital Daniel Donizet (PL) decidiu acompanhar o caso.

“Vamos solicitar informações das partes e da polícia. Não estamos pré-julgando ninguém. Mas queremos saber o que aconteceu neste caso”, afirmou Donizet.

Segundo o parlamentar, a comissão recebeu mais de 100 denúncias de maus-tratos, muitas envolvendo clínicas para pets em diversos pontos do DF.

Além de investigar casos, Donizet contou que a CPI planeja elaborar sugestões para melhorar a prestação de serviços de clínicas para pets.

O caso Flock

Para Larissa, Flock era como um “filho”. Segundo a tutora, o cãozinho, de 1 ano e 4 meses, não tinha nenhuma doença pré-existente.

No dia da morte de Flock, Larissa disse que recebeu uma ligação do pet shop informando que teria ocorrido uma “intercorrência” com o animal.

Veja ao vídeo:

“Eu saí correndo. Quando cheguei lá, ele falou que estava há duas horas tentando reanimar o meu cachorro. E não me ligou. Não me deu nem oportunidade de levar ele para outro lugar. Me entregaram ele morto”, contou.

Larissa discutiu com o dono do local. “Perguntei o que tinha acontecido. Ele falou que não sabia. E que não tinha o que fazer. O que tinha que fazer foi feito”, relembrou.

Outro lado

Ao Metrópoles o médico veterinário e proprietário da Personal Dog, Luís Gustavo Silveira, informou que o cão chegou ao estabelecimento para tosa e banho. No momento em que secavam e penteavam o animal, ele desmaiou e ficou inconsciente.

“Sou o veterinário da clínica e fiz todos os procedimentos de reanimação. Infelizmente, o cão não resistiu e faleceu. Comunicamos a dona logo após tentarmos reanimá-lo. Eu não acompanhava o cão e não sei se ele já tinha alguma doença pré-existente”, relatou.

O proprietário contou que a tutora do animal chegou bastante nervosa ao estabelecimento e não foi possível conversar com ela.

“Nós tentamos salvar o cachorro. Ela chegou e não teve a intenção de saber o que aconteceu. Estava alterada, quebrou o interior da loja e também ameaçou os funcionários. Foi necessário acionar a polícia, que levou a tutora até a delegacia, e registramos o boletim de ocorrência. Infelizmente, não houve um diálogo. Não teve como conversar com ela. O nosso advogado vai acompanhar o caso”, acrescentou.

Registros

A PCDF, por meio da 5ª DP (Brasília) registrou dois BOs: um feito pelo dono do pet shop e outro por Larissa. No primeiro, a Polícia Civil apura o crime de dano, uma vez que a dona do cachorro, exaltada e no calor do momento, danificou bens da clínica. O segundo registro foi feito pela tutora. Este vai investigar a causa da morte de Flock.

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