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Após 3 meses internada, bebê do DF que esperava cirurgia deve voltar para casa

Ana Vitória Souza Santos, 7 meses, já realizou o procedimento e saiu da UTI nesse domingo (7/12)

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Mesmo com decisão judicial, bebê não consegue cirurgia cardíaca no DF
1 de 1 Mesmo com decisão judicial, bebê não consegue cirurgia cardíaca no DF - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Após cerca de três meses de internação, a pequena Ana Vitória Souza Santos, 7 meses, está próxima de voltar para casa. Depois de passar pela tão necessária cirurgia no coração, ela deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesse domingo (6/12).

De acordo com Zilene Souza Lopes, 38 anos, mãe da criança, foi necessário que ela ficasse algum tempo ainda internada pois houve uma inflamação na traqueia após tanto uso de tubo para respiração. Agora, a menina já está recuperada.

“Saiu da UTI ontem e veio pro quarto. Agora [a equipe] está vendo a parte da alimentação para ela ganhar peso e ir para casa”, explica.

O tempo no hospital foi desgastante, mas a mãe pensa agora apenas em poder voltar para a casa que não vê há meses. “O abalo físico e mental foi total, mas estou aliviada que a minha filha está bem agora. Doida para ir para casa e ficar com meus filhos”, comemora.

Saga para conseguir a cirurgia

Ao todo, foram três decisões judiciais até que Ana Vitória passasse pela cirurgia. A última saiu em 9 de novembro, com prazo de 24 horas para que o Distrito Federal e o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) realizassem o procedimento, que só ocorreu no dia 18.

O estado da bebê piorou muito antes que ela passasse pela operação. Conforme laudos médicos emitidos pelo Hospital da Criança de Brasília (HCB), a menina tinha febre e perdia muito peso.

Zilene ficou sem ver seus outros três filhos para acompanhar a caçula Ana Vitória nos hospitais. A bebê passou pelo HCB, ICDF e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

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Descumprimento de cronograma

O problema não é exclusivo de Ana Vitória. Conforme noticiado pelo Metrópoles na semana passada, o acordo entre a Secretaria de Saúde e a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) para dar celeridade às cirurgias cardíacas em crianças brasilienses não foi cumprido em outubro. Segundo o ICDF, apenas quatro dos 11 procedimentos previstos para o mês ocorreram.

O acordo foi firmado após a Defensoria ajuizar ação civil pública contra a pasta do Governo do Distrito Federal. O juiz Henaldo Silva Moreira, da 5ª Vara da Fazenda Pública e Saúde Pública do DF, intermediou o entendimento em 14 de outubro. O acordo ocorreu 32 dias depois de o Metrópoles denunciar que 79 crianças estavam na fila para operações cardíacas no DF.

A Secretaria de Saúde montou o cronograma de cirurgias e assumiu o compromisso de melhorar a prestação do serviço aos pequenos pacientes do DF. Entre 19 e 31 de outubro, deveriam ocorrer 11 operações; mais 17 em novembro (com possibilidade de o total subir para 21); 25 em dezembro e 29 a partir de março de 2021, sendo essa a média de procedimentos a serem mantidos pelo restante do próximo ano.

Confira a íntegra do documento que estabelece o cronograma:

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