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Apontado como omisso pela PF no 8/1, coronel entrega atestado psiquiátrico para adiar ida à CPI

Coronel da PMDF Paulo José iria depor na próxima segunda-feira (5/6), mas a defesa entregou um atestado psiquiátrico e adiou oitiva

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Tropa de Choque da PMDF durante retirada de manifestantes bolsonaristas do Congresso Nacional após invasão. Confusão generalizada toma conta do prédio após agentes e manifestantes entrarem em confronto em meio à gás - Metrópoles
1 de 1 Tropa de Choque da PMDF durante retirada de manifestantes bolsonaristas do Congresso Nacional após invasão. Confusão generalizada toma conta do prédio após agentes e manifestantes entrarem em confronto em meio à gás - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A defesa do coronel Paulo José Ferreira de Sousa, policial militar apontado pela Polícia Federal como omisso no 8 de Janeiro, entregou um atestado psiquiátrico para pedir o cancelamento do depoimento dele à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos.

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) iria ouvir Paulo José na próxima segunda-feira (5/6), mas a oitiva precisou ser cancelada.

O militar atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, em substituição ao coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de folga no dia da tentativa de golpe bolsonarista.

De acordo com relatório da Polícia Federal, Paulo José foi responsável pela falta de planejamento da Polícia Militar do DF diante dos atos de 8 de janeiro.

A investigação aponta que a falta de atuação de profissionais e de um plano eficaz resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. O documento da PF, ao qual a coluna Grande Angular teve acesso, aponta que a competência para elaborar o planejamento de contenção dos manifestantes era do coronel Paulo José.

“É verossímil acreditar que Paulo José agiu de forma omissa, frente aos crimes praticados no dia do evento, ao não elaborar o planejamento operacional do policiamento ostensivo do Distrito Federal.”

Conclusão de relatório da PF sobre atos de 8 de janeiro a partir de mensagens do coronel Paulo José

Em nota à reportagem, a defesa do coronel, feita pelo advogado Cristiano de Oliveira Souza, afirmou que solicitou remarcação devido à “impossibilidade de saúde” do policial e que aguarda uma nova data a ser fornecida pela Comissão. “Como tem feito, ele permanece à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.”

Como fica a CPI

Os deputados distritais da CPI queriam ouvir dois PMs no dia 5: Paulo José e o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (1º CPR) da PMDF. Após o cancelamento do primeiro depoente, a Comissão marcou apenas a oitiva do segundo, a partir das 14h.

Em seguida, dia 15 de junho, o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI que apareceu em imagens da invasão de bolsonaristas ao Palácio do Planalto, vai prestar depoimento.

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A oitiva de Alan Diego dos Santos, preso por tentativa de atentado a bomba no DF, está marcada para dia 22. Por fim, antes do recesso parlamentar, o coronel Klepter Rosa Gonçalves, comandante-geral da PMDF, será ouvido em 29 de junho.

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