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Adolescente é morto estrangulado em unidade de internação do DF

A vítima, de 16 anos, teria sido morta por um colega de quarto. Polícia investiga

atualizado

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Gláucio Dettmar/Agência CNJ
Unidade de Internação de São Sebastião
1 de 1 Unidade de Internação de São Sebastião - Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJ

Um adolescente  de 16 anos foi assassinado na noite desta quarta-feira (14/3), na Unidade de Internação Provisória de São Sebastião (UIPSS). A vítima teria sido morta após se desentender com um colega de quarto de 14 anos e ser estrangulado em seu alojamento com uma toalha.

O homicídio ocorreu por volta das 18h30, após uma briga entre os dois. A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) investiga o caso.

A Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis), em nota, lamentou o ocorrido e informou que os servidores da unidade prestaram todo o atendimento dentro do protocolo de saúde, com chamada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhamento para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas o adolescente não sobreviveu.

Segundo a pasta, o Ministério Público e Vara da Infância já foram informados. “A Subsis presta, agora, todo o atendimento social à família da vítima, com apoio psicológico e orientações para sepultamento”, completou.

Problemas
Segundo o Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do Distrito Federal (Sindsse-DF), a superlotação e falta de servidores nas unidades de internação são fatos denunciados há bastante tempo. “Infelizmente, a ausência de investimento na política pública do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e nas medidas socioeducativas trazem resultados desastrosos à sociedade”, informou a entidade em nota.

Ainda de acordo com o sindicato, a nomeação de novos servidores proposta pelo governo para este ano não suprirá o saldo negativo de recursos humanos no sistema socioeducativo. “Enquanto o GDF se propõe a nomear 185 agentes, 15 técnicos e 42 especialistas socioeducativos, é necessário, no mínimo, 206 nomeações só para o cargo de agente para substituir todos os contratados precariamente para essa função”, completa o texto.

O sindicato alerta que em 2017 foi encerrado o contrato temporário de 195 educadores sociais e somente 147 agentes socioeducativos nomeados. “Daqui a alguns dias, 158 contratos temporários que ocupam vagas de agentes socioeducativo deixarão o quadro da Secretária da Criança. Desta forma, adentramos o ano de 2018 com uma deficiência de 48 profissionais em relação ao último ano”, acrescentou o Sindsee.

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