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Brasil tem crescimento de mais de 40% em número de startups do agro

O Radar Agtech de 2020/2021, publicação da Embrapa, que mapeia o setor, identificou 1.574 startups brasileiras; a comparação é com 2019

JP Rodrigues/ Especial para Metropoles
Fazenda brasileira.
1 de 1 Fazenda brasileira. - Foto: JP Rodrigues/ Especial para Metropoles

atualizado

O campo brasileiro foi marcado, na última década, pelo aumento na eficiência, consequência direta da inovação e da tecnologia aplicadas desde a idealização de novos negócios, passando pela fertilização, irrigação e colheita, até a distribuição inteligente dos produtos. Dentro desse mercado, as agtechs startups especializadas que atuam no setor  – ganham espaço trazendo soluções para diversos problemas.

De acordo com o Radar Agtech de 2020/2021, publicação da Embrapa que mapeia as startups do setor, há 1.574 agtechs brasileiras. A comparação foi com o ano de 2019. E, embora o crescimento de 40% seja expressivo, alguns gargalos comuns a outros empresários por aqui dificultam uma evolução ainda mais rápida.

Um deles é o levantamento de capital inicial para o investimento nessas empresas de base tecnológica e o outro é a dependência de fornecedores externos para componentes eletrônicos.

Segundo mais uma pesquisa da Embrapa, 42% desses negócios não receberam nenhum tipo de investimento e optaram por usar recursos próprios ou financiamento bancário para iniciar a startup. Já 25% tiveram recursos provenientes de família ou amigos; 24% a fundo perdido; 9% de aceleradoras; 6% de investidores anjos e 5% de capital de risco.

Já em relação aos fornecedores externos, a pandemia piorou ainda mais a situação porque quebrou a cadeia de suprimentos. Mas, essas adversidades não limitam as cabeças pensantes desse universo.

Potencial para ser o maior do mundo

“O Brasil possui grande potencial de liderança do mercado internacional em tecnologias agrícolas, tanto pela grande área cultivável, quanto pela variedade de culturas onde exerce liderança mundial. Nossa posição de nação, que cuida do meio ambiente e alimenta o mundo, nos torna o cenário ideal para o surgimento de tecnologias que elevem a produtividade de maneira vertical”, afirma o diretor comercial da AGTech – agrotecnologia, Luis Paviani Neto.

A empresa está no mercado há 10 anos atuando, principalmente, no setor sucroenergético, ou seja, produzindo energia limpa e em larga escala com soluções para a agricultura de precisão, desenvolvendo e comercializando produtos e serviços do plantio à colheita.

Algumas das especializações são automação agrícola, coleta e mapeamento de fertilidade de solo, sistema de cobertura de carreta canavieira, drone de pulverização e fertirrigação.

“Nesta década, notamos um intenso aumento de interesse de grandes e médias empresas agrícolas no consumo de tecnologias que reduzam custos operacionais e impactos ambientais, além de possibilitarem o consumo racional de insumos”

explica Paviani

A carteira de clientes da AGTech é, basicamente, de B2B, como usinas do setor sucroenergético e fabricantes de implementos. Apenas 10% são produtores/fornecedores de cana e associações/cooperativas.

Outro exemplo de agtech que tem tido sucesso nacional e internacional é a Solinftec. A empresa brasileira, fundada em 2007, é líder global em Inteligência Artificial e SaaS (software como serviço) para o agronegócio, e conta com 800 colaboradores espalhados por aqui, EUA, Colômbia, Canadá e China.

O grupo conta com uma plataforma de Inteligência Artificial para o campo batizada de Alice AI, além do Solix Ag Robotics, o primeiro robô voltado para produção de alimentos em larga escala no agronegócio.

O Solix trabalha em conjunto com a Alice AI, que conta com uma biblioteca agro atualizada por mais de 10 bilhões de informações do campo por dia. A partir desse conjunto de dados a inteligência artificial da Solinftec mostra ao produtor rural quando e como agir, do pré-plantio à pós-colheita, auxiliando na tomada de decisões em logística, gestão, rastreabilidade, agronomia e robótica.

Atualmente, a companhia gere, em tempo real, mais de 11 milhões de hectares, o que representa algo acima de 3,7 trilhões de data points (unidades de informação) coletados todos os anos pela Alice AI.

Agro Trends

As duas empresas estarão no “Agro Trends: tecnologia para impulsionar o campo e a alimentação, evento realizado pela BioTIC, em parceria com o Metrópoles, que vai mostrar o que há por trás do sucesso de empresas que têm transformado a indústria alimentícia no país.

O evento contará com dois talks e um keynote. No primeiro bate-papo, o tema será: foodtechs. E exemplos de sucesso, como The New, Liv Up e Food to Save, falarão como revolucionaram a forma do brasileiro se alimentar.

Já no segundo talk, as agtechs serão o foco com a participação de porta-vozes da Solinftec e AGTech – agrotecnologia. Duas empresas que estão utilizando tecnologia de ponta para ajudar agricultores a vencerem os desafios no campo.

Para encerrar o evento, Giuliano Bittencourt, CEO da BeGreen Farm, irá compartilhar um pouco de sua história inspiradora e contar como tem conduzido a primeira fazenda urbana e sustentável da América Latina.

O Agro Trends ocorre em 1º de julho, das 14h às 18h, no auditório da BioTIC. As vagas são gratuitas, mas limitadas. As inscrições estão disponíveis aqui.

Agro Trends: tecnologia para impulsionar o campo e a alimentação

13h30 – Cadastramento
14h – Abertura oficial
14h30Revolução no prato: startups recriam a forma de fazer comida
Participação: Andre Carvalho, CEO da The New; Lucas Costa Infante, CEO e co-fundador da Food To Save; e Victor Santos, CEO da Liv Up.
15h45Do campo para a mesa: tecnologia para vencer os desafios da produção
Participação: Luiz Paviani, diretor comercial da AGTech ; e Rodrigo de Castro Cunha, Head de desenvolvimento de negócios da Solinftec.
17hPalestra com Giuliano Bittencourt, fundador da BeGreen Farm.

Saiba com o chegar ao Parque Tecnológico de Brasília – Biotic

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