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Novo campus do IFB vai formar técnicos em produção de áudio e vídeo

Localizado no Recanto das Emas, o campus deve receber 1,2 mil alunos. Área de formação foi um pedido dos moradores da região

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Detalhes campus recanto das emas IFB 5
1 de 1 Detalhes campus recanto das emas IFB 5 - Foto: null

A partir do ano que vem, o talento e a criatividade dos artistas locais que registram Brasília através de lentes profissionais e amadoras poderão correr soltos – e com a devida qualificação profissional. O local escolhido para receber os primeiros alunos de um novo curso de nível técnico no Distrito Federal, na área de audiovisual e ofertado pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), é o Recanto das Emas. Um prédio antes abandonado – antiga sede do projeto Cidade dos Meninos, até há pouco tempo ocupada por moradores de rua e usuários de drogas – foi doado ao instituto, vem sendo reformado (foto em destaque) e dará vazão, embasamento profissional e novas possibilidades de carreira aos alunos.

A escolha da nova área de abordagem profissional não foi aleatória. Segundo o reitor do IFB, Wilson Conciani, o curso veio de uma demanda tanto da população quanto do mercado local. “Mais de 200 pessoas participaram da reunião final. No início, elas diziam que a cidade [Recanto das Emas] tinha DJs, produtores de vídeo e, por isso, queriam algo relacionado às artes. Depois, vimos que o que elas estavam pedindo, na verdade, era algo em audiovisual”, comentou.

Confira imagens da obra no campus do IFB no Recanto das Emas: 

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A demanda foi confirmada em visitas a sindicatos de profissionais e emissoras de rádio e TV da capital. Se, por um lado, havia fome de aprendizado, por outro, docentes do IFB confirmaram que há demanda por profissionais qualificados, já que Brasília concentra um grande número de emissoras e sucursais. “A empregabilidade nesta área é grande. Temos o FAC (Fundo de Apoio à Cultura), grandes redes de rádio e TV, e pouca gente habilitada e formada na área”, comenta Patrícia Barcelos, docente do IFB no campus do Recanto das Emas.

A gente chegava nas emissoras e escutava que, em geral, são elas que formam seus profissionais. A porta de entrada é o assistente de operador de câmera, que não exige conhecimento nenhum, quase. E dali é que ele desenvolve outras funções

Patrícia Barcelos, docente do campus Recanto das Emas do IFB

Além disso, a especialista aponta que a formação é versátil. Afinal, nem só de megaproduções se faz o mercado audiovisual. “O profissional pode trabalhar na produção de longas e documentários, mas pode também ir para o mercado de casamentos e eventos, por exemplo”, ilustra. A formação é a segunda do país voltada a esse mercado específico.

O curso vai ter duração de 800 horas e será oferecido com o ensino médio integrado (quando o aluno faz as duas formações paralelamente) ou subsequente (quando o candidato já concluiu o segundo grau). Além disso, para atender profissionais que já estão no mercado de trabalho ou não podem comparecer à escola para assistir às aulas, a formação em produção de áudio e vídeo também poderá ser feita à distância.

A primeira turma é esperada já para fevereiro do ano que vem. Serão 240 vagas, sendo 160 para o curso integrado e 80 para o subsequente. O processo seletivo deve acontecer na primeira quinzena de dezembro, e as inscrições, durante o mês de janeiro.

Oferta e procura
O curso do IFB vem ao encontro de uma constatação, feita no início deste ano, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF). Segundo o último Mapa do Trabalho Industrial, até 2020, a área de tecnologias de informação e comunicação é a que mais vai demandar profissionais. Pelas previsões do levantamento, o Distrito Federal precisará de 7.614 técnicos do setor nos próximos três anos. O ranking é seguido por energia (5.787), construção (4.335) e metalmecânica (3.521).

De acordo com levantamento nacional do Sistema Indústria (que inclui o Sesi e o Senai) sobre ensino técnico no Brasil, 1.859.940 pessoas se matricularam em cursos técnicos no país em 2016. O número, embora expressivo, é 3% menor do que o de 2015.

A área de saúde concentrou a maior parte das matrículas ao longo do ano passado. O curso mais procurado foi o de enfermagem (11,3%), seguido de administração (9,4%) e informática (7,2%). Na área de indústria, apenas eletrotécnica, mecânica e segurança do trabalho lideraram as matrículas no primeiro semestre de 2017.

Os cursos técnicos são considerados de média duração e têm carga horária a partir de 800 horas, podendo ser feitos paralelamente ao ensino médio ou após a sua conclusão.

Novas vagas
O Senai-DF está com 275 vagas abertas para cursos técnicos nas unidades Gama e Taguatinga, nas áreas de construção civil, tecnologia da informação, telecomunicações, eletroeletrônica, automotiva, metalmecânica e alimentos. Os cursos são pagos e presenciais, e podem ser divididos em 28 parcelas.

Para se matricular, o aluno deve comparecer pessoalmente à unidade do Senai-DF em que deseja estudar, até o dia 25 de janeiro. As aulas começam no dia 29 de janeiro. Acesse o site para mais informações.

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