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Por que Goiânia era o “point” do plano golpista

Bolsonaristas radicais planejavam usar unidades de forças especiais sediadas na capital de Goiás como braço para executar o plano

atualizado

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Reprodução/Exército
Em foto colorida, militar do exército aponta com metralhadora de grosso calibre instalada sobre um jipe militar - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida, militar do exército aponta com metralhadora de grosso calibre instalada sobre um jipe militar - Metrópoles - Foto: Reprodução/Exército

Goiânia, capital de Goiás, virou um ponto essencial na trama do golpe de Estado arquitetado por bolsonaristas.

Já era sabido que um dos estratagemas maquinados pela turma era prender o ministro Alexandre de Moraes e levá-lo para Goiânia.

Na operação deflagrada nesta terça-feira, a cidade voltou a figurar com destaque.

Por lá, a Polícia Federal fez buscas – durante o cumprimento de um dos mandados, como mostrou a coluna, um tenente-coronel do Exército, comandante do Batalhão de Operações Psicológicas da corporação, desmaiou ao receber a visita dos policiais.

Mas por que Goiânia era um ponto tão importante para a trama golpista?

A resposta é simples: é lá que estão algumas das unidades de elite do Exército, subordinadas ao poderoso Comando de Operações Especiais, tido como uma parte essencial do plano para colocar o golpe em marcha.

As unidades, subordinadas ao Comando Militar do Planalto, reúnem tropas de elite treinadas para atuar em operações de emergência, com táticas de guerrilha e contraterrorismo, incluindo ataques ao centro do poder nacional, em Brasília. A maior parte dessas tropas é baseada em Goiânia.

Era para um dos batalhões de forças especiais em Goiânia, por sinal, que iria o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Na reta final do governo, com aval de Bolsonaro, Cid foi escolhido pelo Comando do Exército para assumir a unidade na capital goiana.

Foi a ordem de Lula para cancelar a nomeação, expedida logo após reportagem publicada pela coluna no início do ano passado (leia aqui), que levou à exoneração do então comandante do Exército, Júlio Cesar Arruda. O general se recusou a rever a nomeação de Cid e acabou demitido pelo presidente.

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