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Flávio Bolsonaro fala sobre ex-sócio: “acusações infundadas”

O filho 01 de Jair Bolsonaro enviou nota à coluna para responder às suspeitas derivadas da guerra travada com parceiro em loja de chocolates

atualizado

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MATEUS BONOMI / AGIF
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: MATEUS BONOMI / AGIF

O senador Flávio Bolsonaro enviou nota à coluna na tarde desta quinta-feira na qual se manifesta sobre o pacote de acusações que recaem sobre ele na esteira de uma guerra travada nos bastidores com Alexandre Santini, seu ex-sócio em uma loja de chocolates no Rio.

Santini cobra de Flávio o pagamento de quase R$ 1,5 milhão e, como revelou uma reportagem publicada aqui, ameaça revelar segredos capazes de acabar com a carreira política do filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro e até de levá-lo à prisão.

Na nota, Flávio admite estar sendo pressionado pelo ex-sócio, o que ele atribui ao fato de ser pessoa pública e filho de Bolsonaro, sustenta que Santini não tem direito algum e diz que as acusações são “infundadas”.

O senador também se manifesta sobre a acusação de que a mansão que comprou em 2021 foi equipada com presentes — incluindo aparelhos de academia — recebidos de parceiros dele que vendiam influência no governo. Diz tratar-se de assunto privado e que está “restituindo” os valores relativos a um empréstimo feito com amigos para a aquisição os equipamentos.

Ele nega possuir uma coleção de relógios de luxo recebidos de autoridades estrangeiras e empresários e também rechaça a acusação de que teria usado dinheiro de origem suspeita para comprar imóveis.

Flávio Bolsonaro responde ainda sobre supostos repasses de dinheiro destinados a garantir o silêncio de Fabrício Queiroz, acusado de operar o famoso esquema das rachadinhas em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

Ele afirma que, se Queiroz pediu dinheiro a Santini, eles precisam se resolver entre si, até porque “eram amigos”.

Eis o que o filho 01 de Jair Bolsonaro diz na nota sobre os principais pontos da reportagem:

Dívida

“A matéria publicada no dia de hoje pelo portal Metrópoles, dando voz a meu ex-sócio, traz diversas e infundadas acusações que merecem esclarecimento. Me causa estranheza o caminho de usar a mídia para cobrar uma suposta dívida. Passa a impressão de que, sabendo não ter direito algum, precisa buscar subterfúgios paralelos, pressionando uma pessoa publicamente exposta para obter vantagens ilicitamente. Não fosse eu senador da República e filho do presidente Bolsonaro, isso não estaria sendo usado pelo meu ex-sócio, nem estaria despertando o interesse do leitor.”

Prestação de contas

“Sobre a extinta sociedade, em que eu era apenas cotista, não existe qualquer dívida com meu ex-sócio. Ele sempre foi o administrador da empresa, tomava decisões por conta própria e sem o meu consentimento. Não acredito que ele tenha cometido nenhuma irregularidade na gestão, contudo, eu mesmo tomei a cautela de ingressar com ação de prestação de contas para que ele tenha a oportunidade de comprovar o que está alegando e tudo fique mais transparente.”

Coleção de relógios

“Jamais recebi os ditos relógios pelo meu ex-sócio. “Coincidentemente” ele traz o assunto no exato momento em que os presentes recebidos, legalmente, pelo presidente Bolsonaro têm grande repercussão pública.”

Pagamentos a Queiroz

“Nunca pedi para que meu ex-sócio desse qualquer coisa ou quantia ao Queiroz. Se for verdade que foi feito tal pedido por Queiroz, é algo que precisa ser resolvido entre eles, até porque eles eram amigos.”

Presentes e a mansão

“Desde o início deste ano estou restituindo um empréstimo pessoal feito junto a um amigo de longa data, com a finalidade de comprar alguns poucos aparelhos de academia para minha residência. Lamento, profundamente, a tentativa de dar algum ar de ilegalidade a algo legal e que envolve interesses meramente privados.”

Compra de imóveis

“Todos os imóveis que adquiri ou vendi sempre foram declarados em meu imposto de renda e compatíveis com minha renda familiar. Minha vida foi devassada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por mais de cinco anos e, absolutamente nada, foi encontrado de irregular. Tanto é que nunca houve, sequer, uma denúncia recebida contra mim.”

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