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Delegado pediu para fazer busca e apreensão em endereços de Paulo Guedes e Aras

Pedido foi feito pelo mesmo policial que, em outro caso, pediu a prisão da cúpula da PF

atualizado

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Guilherme Primola/Arte
Arte mostra Guedes ao lado de Aras segurando papel - metropoles
1 de 1 Arte mostra Guedes ao lado de Aras segurando papel - metropoles - Foto: Guilherme Primola/Arte

O mesmo delegado que pediu a prisão da cúpula da Polícia Federal por suposta interferência na apuração sobre o escândalo no Ministerio da Educação requereu ao Supremo Tribunal Federal a realização de busca e apreensão em endereços do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do procurador-geral da República, Augusto Aras.

O delegado Bruno Calandrini fez o pedido nos autos de um procedimento que tem como alvo o senador Renan Calheiros, do MDB. A solicitação foi negada pelo ministro Luís Roberto Barroso, responsável pelo caso.

Calandrini queria fazer as buscas em razão de mensagens de WhatsApp publicadas acidentalmente por Augusto Aras que expuseram  uma tentativa do advogado de Paulo Guedes, Ticiano Figueiredo, de marcar uma reunião fora de agenda com o chefe da PGR.

Figueiredo queria que Guedes fosse dispensado de um depoimento para o qual havia sido intimado, no curso da investigação sobre Renan Calheiros.

“Seria possível receber o advogado do Paulo Guedes, o dr. Ticiano Figueiredo, por cinco minutos? Assunto: possível dispensa de Paulo Guedes, junto à PF, em processo investigativo contra Renan Calheiros, onde Guedes não é parte”, dizia a primeira mensagem, que Aras publicou sem querer (e depois apagou) em seu status no WhatsApp.

Em uma outra mensagem, na sequência, havia a resposta: “Sim. Falaremos por celular e ajustaremos”.

O delegado pediu para fazer buscas nos endereços de Guedes, Aras e também do advogado Ticiano Figueiredo. O ministro Barroso negou por considerar que o pedido não estava suficientemente fundamentado.

Calandrini é o mesmo delegado que, como revelou a coluna no sábado, pediu a prisão da cúpula da Polícia Federal em razão da suspeita de interferência na investigação que levou à cadeia o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

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