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“Pegada” nada ecológica: saiba por que não usar sex toys descartáveis

Entenda como este novo segmento do mercado erótico pode ser prejudicial ao meio ambiente — e veja outras opções

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Foto: Anna Shvets/Pexels
Sex toy
1 de 1 Sex toy - Foto: Foto: Anna Shvets/Pexels

Se há um mercado que lança novidades mais rápido do que muitos homens levam para fazer uma mulher gozar é o erótico. Uma das tendências para este e os próximos anos é o sex toy descartável. Prático? Muito! Sustentável? Nem tanto.

A ideia de um sex toy descartável seria oferecer um test drive para quem quiser experimentar o brinquedo antes de desembolsar o valor total dele. Com uma pegada “amostra quase grátis”, os acessórios não foram feitos para durar muito tempo.

A marca canadense Pink Cherry, que tem o sugador Womanizer Premium a US$ 219, lançou a versão descartável por US$ 5, batizada de Womanizer The One. “Este estilo foi projetado para lhe dar 30 minutos de prazer e diversão. Pense nisso como uma prévia do que um Womanizer Premium pode fazer”, diz a publicação sobre o produto no Instagram oficial.

“E o meio ambiente?”, você pode se perguntar. De acordo com o socioambientalista Thiago Ávila, essa ideia não é muito amigável com a natureza. Os danos poderiam ser reduzidos caso o único uso fosse como uma amostra, mas não é algo que pode ser controlado.

“Essa é uma política de difícil implementação, pois, para todos os efeitos, o produto descartável ainda estará ali sendo produzido e de fácil acesso ao consumidor final, que pode ou não ter essa consciência de utilizá-lo apenas para teste”, explica.

Precisa?

A empresária e dona de uma sex shop brasiliense Vitória Meira argumenta que não é necessário lançar mão de um sex toy descartável para iniciar a experiência no mercado erótica com algo mais barato.

“Existem versões com uma ótima relação custo e benefício e que vão poder servir como norteador na busca pelo seu estilo de vibrador favorito. Sem contar que tive a oportunidade de testar, e pelo menos no modelo que usei, a experiência que tive não foi “satisfatória”. O nível de intensidade não se compara a um vibrador tradicional”, diz.

Além disso, a brasiliense garante: comprar um vibrador de qualidade é um investimento. “Com a experiência de quem trabalha no mercado íntimo há 12 anos, e acompanha diariamente feedbacks de mulheres e casais que tiveram seus relacionamentos transformados a partir do uso de vibradores”, afirma.

Descarte

É sabido que os sex toys fazem parte do conjunto de produtos usados no cotidiano que têm impacto no meio ambiente.

Pensando nisso, é importante estar atento à cadeia geral, não só de extração, produção e distribuição, como também de consumo e descarte desses itens.

“Pelo fato de muitos serem de plásticos e outros componentes de combustíveis fósseis, é um processo considerado bastante poluente e deve ser evitada a produção para uso único. Muitos desses componentes permanecerão na natureza por milhares de anos, causando danos ao meio ambiente, principalmente nos oceanos”, pontua Thiago.

Apesar de, atualmente, não existir uma política de descarte de sex toys no Brasil, existem opções como o Hospital dos Vibradores, principalmente para quem investiu em um produto de maior valor financeiro e não quer apenas descartá-lo.

“Vai depender de cada marca e principalmente do cuidado com o mesmo, mas hoje já existem marcas que garantem qualidade de 15 anos”, finaliza a empresária.

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