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Entenda os preços dos sex toys e por que comprá-los é um investimento

Especialista analisa possível motivo para os preços mais altos; saiba se o custo benefício de um brinquedinho vale a pena

atualizado

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Foto: Anna Shvets
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1 de 1 foto colorida de uma mão feminina segurando um sex toy cor de rosa em um fundo branco - Metrópoles - Foto: Foto: Anna Shvets

Se há um mercado que explodiu durante a pandemia, foi o erótico. Casais quarentenados à espera de reinvenção e solteiros com tesão acumulado partiram às compras. Com um crescimento significativo, apenas em 2020, o valor estimado de vendas de sex toys no Brasil foi de R$ 2 bilhões, segunda levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme).

Depois do boom na pandemia, o crescimento nas vendas não cessou, principalmente no que se diz respeito às vendas on-line. Nas redes sociais, portais de notícia e até mesmo na boca das celebridades, os brinquedos eróticos vêm ganhando espaço nas pautas desde então.

Para a empresária Vitória Meira, proprietária de um sex shop em Brasília, o período de pandemia serviu para trazer notoriedade para o mercado íntimo, mostrando como esse universo pode agregar valor nos relacionamentos e na busca do próprio prazer.

“Dessa forma, muitas pessoas tiveram o seu primeiro contato com sex toys durante esse período, o que refletiu, na minha opinião, na disseminação e naturalização do uso desses acessórios. Consequentemente, as vendas continuaram a subir”, conta.

Preço salgado

Apesar de um grande interesse por temas relacionados à sexualidade e sex toys, uma reclamação tem sido constante: os preços. Dependendo do que a pessoa procura, da tecnologia e das funcionalidades, alguns vibradores podem ultrapassar o valor de R$ 1 mil.

Uma teoria sobre a alta dos preços no mundo erótico é a equação “oferta e demanda”. De acordo com a economista Catharina Sacerdote, muitas vezes isso pode influenciar diretamente no preço do produto final.

“O aumento de preços, em geral, ocorre quando a demanda é muito maior do que a oferta do produto. Essa baixa na oferta pode estar ligada à sazonalidade, ou quando a produção e fornecedores não conseguem atender todos os clientes que pretendem comprar aquele bem”, diz.

Para Vitória, o preço de um sex toy deve ser analisado de acordo com o que ele pode agregar à vida das pessoas — principalmente das mulheres. Para ela, um bom sex toy é mais que um brinquedo, mas também um investimento que melhora significativamente a vida íntima, tanto individualmente quanto para casais.

“Mulheres: não há nada mais íntimo e mais particular do que a nossa sexualidade, do que o nosso prazer, e infelizmente, ao longo dos anos, não fomos ensinadas da importância de investir nisso. Ter um vibrador e ser dona do próprio prazer é a melhor coisa que você pode fazer por si própria”, garante.

Vale ressaltar: além de muito visado e movimentado, o mercado erótico pode ser também bastante democrático. “Na minha loja temos vibradores que variam de R$9,90 a R $1.900”, conta a empresária.

A Pouca Vergonha, inclusive, já trouxe algumas listas com dicas de produtos “baratex” para gozar a vida — figurativa e literalmente.

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