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Blood play: veja como funciona o fetiche de quem tem tesão por sangue

Do apelo estético à sensação de extrema intimidade, entenda o fetiche também conhecido como jogo de sangue

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Close de mulher suja de sangue com a mão na boca - Metrópoles
1 de 1 Close de mulher suja de sangue com a mão na boca - Metrópoles - Foto: lil artsy/Pexels

A clássica cena no estilo final girl dos filmes de terror, em que a protagonista sobrevivente está coberta de sangue após lutar por sua vida, pode significar algo além de um conceito para algumas pessoas: tesão. Blood play (em tradução livre, jogo de sangue) é o termo usado para nomear o fetiche sexual por incluir sangue nas práticas sexuais.

Também chamado de hematolagnia, o fetiche pode ou não fazer parte do universo BDSM – enquanto em alguns casos o apelo estético é o que conta e pode ser usado sangue falso para brincar, em outros o que desperta excitação é “tirar sangue” da parceria, em meio a uma dinâmica de dominação e submissão.

Antes de qualquer coisa, é sempre importante ressaltar que, quando se trata de prazer e fetichismo, tudo é válido, desde que mutuamente acordado e que esteja dentro dos parâmetros de são, seguro e consensual. Contudo, há sempre que se observar a linha tênue que separa o prazer saudável dos riscos à saúde.

No caso do blood play, quando se fala de sangue real, é indispensável que se tome todas as precauções para evitar possíveis contaminações. “O sangue pode trazer alguma carga viral, tanto no contexto de ISTs quanto de uma inflamação ou infecção. Logo, é preciso ter uma consciência de que todos os envolvidos estão saudáveis, se não pode ser uma prática prejudicial à saúde da pessoa que se abriu tão intimamente para um contato como esse”, explica Alessandra Araújo, psicóloga e sexóloga.

Dentro deste fetiche podem estar incluídos outros, mas existem outras formas de conseguir o apelo estético sanguinário, e um deles é o período menstrual.

“Muitos casais aproveitam e adoram transar no período menstrual não só por uma maior sensibilidade da mulher, mas também pela ‘bagunça’ proporcionada pelo sangue. Há quem tenha preferência em fazer sexo desta forma”, pontua a especialista.

É saudável?

Apesar do mundo fetichista ser muito vasto, é preciso estar atento a “bandeiras vermelhas” que podem identificar a mudança de um fetiche para um transtorno parafílico. Um destes sinais é quando a pessoa passa a só conseguir se excitar com este estímulo, sem conseguir ter tesão ou engatar comportamentos sexuais que não envolvam essa especificidade.

Portanto, mudanças e dificuldades nas interações sociais – desde as amorosas até as familiares, de trabalho ou de amigos – por conta desse fetiche podem indicar algo de errado. Neste momento, o melhor é procurar tratamento.

“Existem algumas pessoas que acabam depositando muito energia sexual em cima do fetiche, e esta é a hora de fazer um balanceamento. Na psicoterapia, temos ferramentas para tratar estas questões, além de buscar saber de onde veio e por que saiu de controle. Existem casos, inclusive, que se esse impulso estiver relacionado à ansiedade, é necessário lançar mão de medicamentos psiquiátricos para trazer este controle”, explica.

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