metropoles.com

Afrodisíaco ou brochante? Entenda a relação do álcool com o sexo

Especialista explica como, ao mesmo tempo que diminui inibições, o álcool pode levar pessoas a comportamentos de risco na hora do sexo

atualizado

Compartilhar notícia

Juan Silva
Casal abraçado e deitado na cama se beijando com uma garrafa de espumante - Metrópoles
1 de 1 Casal abraçado e deitado na cama se beijando com uma garrafa de espumante - Metrópoles - Foto: Juan Silva

É comum ouvir pessoas dizendo que bebidas como vinho ou catuaba são afrodisíacas, ou que ficam com mais tesão ao ingerir qualquer tipo de álcool. Com isso, fica a pergunta: bebidas alcoólicas podem, realmente, interferir na libido das pessoas?

Sexo

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, grande parte da crença desse poder afrodisíaco vem do fato de que o álcool traz um certo nível de desinibição.

“O álcool é uma substância depressora do sistema nervoso central, o que significa que ele diminui ações de determinados mecanismos do nosso cérebro. Em baixos níveis, ele rebaixa alguns dos nossos sistemas de autorregulação social, o que nos deixa mais sociáveis e desinibidos”, explica.

Desta forma, quando consumido com moderação, um “biricutico” pode ser aliado na hora da transa se a pessoa estiver muito nervosa ou travada e quiser relaxar. “O mecanismo de desinibição social pode diminuir algumas questões relacionadas à timidez e travas, por exemplo”, diz André.

Álcool e sexo: até que ponto?

Como “água demais mata planta”, o consumo de álcool pode trazer grandes malefícios para o sexo, tanto no que diz respeito a desempenho quanto no que tange a segurança sexual.

Para homens e mulheres, grandes quantidades de álcool no organismo pode diminuir a capacidade de ereção e excitação. Além disso, o psicólogo alerta que beber demais também rebaixa os níveis de consciência, o que pode deixar as pessoas mais expostas a comportamentos de risco.

“O consumo de álcool aliado a sexo pode trazer riscos como diminuição do senso crítico e de responsabilidade e até aumento de riscos de violência entre parceiros íntimos”, pontua.

Por fim, apesar de ajudar a “se soltar” é preciso estar atento para não ficar dependente apenas do consumo de álcool para lidar com a inibição, uma vez que ela pode ser produto de algo mais profundo.

“Pode ser muito perigoso, dado ao potencial de mascaramento dos verdadeiros pontos de foco – que precisam ser tratados em terapia. Dessa forma, entender o que leva a essas inibições e dificuldades para engajar no comportamento sexual é um trabalho importante, assim como lidar com essas questões subjacentes com a ajuda de um profissional”, finaliza.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?