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Milton Nascimento se emociona com certidão emoldurada de filho adotivo

O cantor ficou sem palavras ao ver o nome dele na certidão de nascimento do filho

atualizado

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1 de 1 milton-nascimento - Foto: Instagram/Reprodução

Milton Nascimento se emocionou ao receber o presente de Dia dos Pais de Augusto Kesrouani Nascimento nesse domingo (9/8). Bituca ganhou do filho a certidão de nascimento com o nome do pai emoldurada.

“Feliz Dia dos Pais. Não pode dar abraço e nem beijo. Não pode por causa do corona”, disse Augusto em referência ao coronavírus. O cantor então abriu o presente e ficou segundos em silêncio, segurando a emoção. “Mas nem um abraço?”, pediu Milton.

O nome do cantor foi incluído no documento de Augusto em 2017, mas os dois mantêm um relacionamento familiar desde os 13 anos do rapaz, que hoje tem 25.

Na legenda do post, Augusto lembrou como foi a decisão de presentear Milton com o documento. “E lá se vão uns bons, lindos e felizes anos desde que nos descobrimos pai e filho. Me lembro muito do incômodo que meu pai sentia antes de a gente decidir entrar com o processo de adoção e ‘oficializar’ o que já era uma realidade há muito tempo para nós dois. Lembro também que, durante todos os dias, até que saísse a sentença, ele me perguntava, de forma completamente impaciente e incansável, se tinha alguma novidade. Enfim, a sentença saiu e eu pude incluí-lo no meu nome e documentos. Estávamos no aeroporto quando recebemos a notícia, e ele deu um grito ali mesmo e me abraçou por vários minutos. E, depois que tive os documentos alterados, ele pedia a minha identidade para mostrar a todos os amigos que encontrava. E isso até hoje, em qualquer lugar, antes mesmo de cumprimentar as pessoas, ele aponta pra mim e diz: ‘esse é o meu filho'”, contou Augusto.

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A homenagem do rapaz continuou. “Na turnê Clube da Esquina, o nome na minha credencial passou a ser Augusto Nascimento, e não teve um show sequer que ele não tenha puxado ela no meu pescoço para ler o meu nome e sorrir. Houve também um dia, durante um período ruim de saúde, em que ele precisou ser internado às pressas, quando ele ainda morava no Rio, e eu em Juiz de Fora. Peguei o carro, e cheguei umas duas horas da manhã pra passar a noite com ele no hospital. Me lembro que, quando entrei no quarto, ele se assustou, arregalou os olhos e, com o maior sorriso do mundo, falou: ‘Você veio’. Ainda que o momento não fosse bom, aquele foi o episódio em que eu mais me senti especial e amado na vida. No ano passado, além de um livro dos Beatles, eu dei uma daquelas canecas com frases clichês de ‘melhor pai do mundo’, o que, no caso dele, é uma absoluta verdade, e ele não aceita tomar o café em outra caneca desde então. Esse ano tive que improvisar, e dei a minha certidão de nascimento emoldurada. E essa foi a reação dele ao receber. Enfim, tudo isso pra dizer que pai não depende de sangue, cor ou gênero. Pai depende de amor, dedicação, e vontade de estar presente. E, aos que amam o maravilhoso e gigante artista que o meu pai é, saibam que o ser humano que ele é, é ainda mais incrível”, revelou Augusto.

 

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“E lá se vão uns bons, lindos e felizes anos desde que nos descobrimos Pai e Filho. Me lembro muito do incômodo que meu pai sentia antes de a gente decidir entrar com o processo de adoção e “oficializar” o que já era uma realidade há muito tempo para nós dois. Lembro também que, durante TODOS os dias, até que saísse a sentença, ele me perguntava, de forma completamente impaciente e incansável, se tinha alguma novidade. Enfim, a sentença saiu e eu pude incluí-lo no meu nome e documentos. Estávamos no aeroporto quando recebemos a notícia, e ele deu um grito ali mesmo e me abraçou por vários minutos. E, depois que tive os documentos alterados, ele pedia a minha identidade para mostrar a todos os amigos que encontrava. E isso até hoje, em qualquer lugar, antes mesmo de cumprimentar as pessoas, ele aponta pra mim e diz: “esse é o meu filho”. Na turnê “Clube da Esquina”, o nome na minha credencial passou a ser “Augusto Nascimento”, e não teve um show sequer que ele não tenha puxado ela no meu pescoço para ler o meu nome e sorrir. Houve também um dia, durante um período ruim de saúde, em que ele precisou ser internado às pressas, quando ele ainda morava no Rio, e eu em Juiz de Fora. Peguei o carro, e cheguei umas 2hrs da manhã pra passar a noite com ele no hospital. Me lembro que, quando entrei no quarto, ele se assustou, arregalou os olhos e, com o maior sorriso do mundo, falou: “Você veio!!!”. Ainda que o momento não fosse bom, aquele foi o episódio em que eu mais me senti especial e amado na vida. No ano passado, além de um livro dos Beatles, eu dei uma daquelas canecas com frases clichês de “melhor pai do mundo”, o que, no caso dele, é uma absoluta verdade, e ele não aceita tomar o café em outra caneca desde então. Esse ano tive que improvisar, e dei a minha certidão de nascimento emoldurada. E essa foi a reação dele ao receber. Enfim, tudo isso pra dizer que pai não depende de sangue, cor ou gênero. Pai depende de amor, dedicação, e vontade de estar presente. E, aos que amam o maravilhoso e gigante artista que o meu pai é, saibam que o Ser humano que ele é, é ainda mais incrível. Texto: @augustoknascimento

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