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A reação de Bolsonaro após Cid apontá-lo como mandante do esquema das joias

Em sua casa, em Brasília, Bolsonaro recebeu a notícia de que será apontado por Mauro Cid como o mandante do esquema de venda de joias

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Em imagem colorida, o ex-presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a jornalistas
1 de 1 Em imagem colorida, o ex-presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a jornalistas - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em sua casa, em Brasília, Bolsonaro recebeu a notícia de que será apontado pelo tenente-coronel Mauro Cid como o mandante do esquema de venda de joias que recebeu quando presidente. Disse, em tom de lamentação, jamais esperar que o dedo de seu ex-ajudante de ordens se voltasse contra ele. Mais jovem, Cid costumava chamar Bolsonaro de “tio”, dada a relação entre seu pai, o general Lourena Cid, e o ex-presidente.

Bolsonaro atribuiu a acusação a uma estratégia traçada pelo novo advogado de Cid, Cezar Bittencourt. E avaliou que o militar, preso em maio, teria aceitado seguir a linha de defesa com objetivo de se livrar do cárcere.

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Essa mesma pressão estaria sendo exercida sobre Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro detidos na mesma operação que alvejou Cid. Eles foram presos no âmbito do inquérito do STF que mira fraude em cartões de vacinação.

O advogado Cezar Bittencourt disse que Cid, militar, vendeu presentes que Bolsonaro recebeu por “obediência hierárquica”. Ao ler a reportagem da Veja publicada na noite desta quinta-feira (17/8), o ex-presidente reagiu.

Negou que tivesse dado ordem a Cid para vender os itens e afirmou não haver nenhuma prova que mostre o contrário. Contestou, ainda, a solidez do argumento de Bittencourt para tentar isentar o militar. Bolsonaro ponderou que, se existe a premissa da obediência hierárquica, existe também a de que ordem ilegal não se cumpre.

Na noite desta quinta, Alexandre de Moraes autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro. A Polícia Federal prepara o indiciamento do casal pelo suposto cometimento de crime de peculato.

O crime é caracterizado quando alguém se apropria de um bem público. O entendimento do Tribunal de Contas da União, desde 2016, é que presentes recebidos pelo chefe de Estado, no exercício da Presidência, não são de caráter pessoal. E devem ser incorporados ao acervo público.

 

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