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Do Bope à assessoria de Bolsonaro: quem é Max Guilherme, preso hoje

O ex-assessor especial de Bolsonaro na Presidência Max Guilherme foi um dos três presos na operação desta quarta-feira (3/5) da PF

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Reprodução/Redes sociais
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1 de 1 03_05_2023_09_16_54 - Foto: Reprodução/Redes sociais

O ex-policial militar Max Guilherme (foto em destaque), de 52 anos, foi um dos ex-assessores especiais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presos durante a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira (3/5).

O antigo sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trabalhou com Bolsonaro por oito anos, sendo figura do entorno direto da família. Ele, inclusive, estava na segurança de Bolsonaro no episódio da facada, na campanha presidencial de 2018.

Segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, Max entrou na Justiça contra o estado do Rio de Janeiro, em 2009, reivindicando uma promoção por bravura por ter participado de um assassinato em uma favela, segundo ele, uma morte em confronto.

Ele alegou no documento obtido pela coluna que sua participação no assassinato não foi reconhecida e que, por isso, deixou de ser promovido dentro da corporação.

Max costumava acompanhar o ex-mandatário em todas as viagens pelo país, em eventos de campanha e era frequentemente visto também no cercadinho do Palácio da Alvorada.

Ele acompanhou Bolsonaro em Orlando, nos Estados Unidos, no período em que o ex-presidente passou no país, entre dezembro de 2022 e março deste ano.

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Max foi um dos oito auxiliares que, no fim do mandato presidencial, Bolsonaro designou para acompanhá-lo fora da Presidência. A remuneração é de até R$ 13,6 mil e despesas com passagens aéreas e diárias de viagens são pagas pelos cofres públicos.

Candidato

Nas eleições de 2022, Max pediu exoneração do cargo no Planalto para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL do Rio de Janeiro, mas recebeu menos de 10 mil votos e não foi eleito.

Na declaração feita à Justiça Eleitoral, ele registrou um patrimônio de R$ 50 mil, composto apenas por uma moto Suzuki V-Strom 650 XT, ano 2020/2021.

Outro ex-assessor que também disputou o cargo de deputado federal, mas por São Paulo, foi o ex-tenente do Exército Mosart Aragão, também figura próxima de Bolsonaro e que tampouco obteve sucesso nas runas. Até o momento, não há informações sobre envolvimento de Mosart na operação da PF desta quarta-feira.

Sem trajetória política prévia, os “papagaios de pirata” apostaram na proximidade pessoal com Bolsonaro para tentar viabilizar suas candidaturas.

Operação Venire

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (3/5), a Operação Venire que investiga a atuação de associação criminosa suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

Os alvos são ex-integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ligados ao ex-presidente. Entre os presos, está o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), coronel Mauro Cid, preso preventivamente. Max Guilherme e Sérgio Cordeiro também foram ex-auxiliares presos. Um outro assessor, Marcelo Câmara, foi alvo de busca e apreensão.

A PF cumpre buscas na casa do ex-presidente, onde apreendeu um celular dele.

Segundo a corporação, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19.

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