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A piada de Alexandre de Moraes a Pavinatto sobre a Jovem Pan

Ex-apresentador da Jovem Pan, Pavinatto detalha encontro com Alexandre de Moraes e revela piada e reclamação sobre vinculação com a esquerda

atualizado

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Tiago Pavinatto e Alexandre de Moraes
1 de 1 Tiago Pavinatto e Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

Em reunião no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes reclamou de ser associado à esquerda e fez piada sobre a Jovem Pan, segundo relato de Tiago Pavinatto, ex-apresentador da emissora.

À coluna, Pavinatto deu detalhes sobre o encontro com o magistrado que tanto critica. Como mostrou a revista Piauí, o apresentador foi recebido por Moraes, no TSE, em maio de 2023.

O clima foi cordial e, segundo Pavinatto, teve até piada do ministro sobre a Jovem Pan. O apresentador conta que Moraes disse ter “ficado bravo” com o YouTube por ter desmonetizado [cortado o repasse oriundo de cliques] a emissora antes que ele próprio o fizesse.

Ainda segundo Pavinatto, Moraes reclamou de ser rotulado como “de esquerda”, uma vez que nunca teria se vinculado a tal espectro político.

O apresentador deixou a Jovem Pan em agosto, por se recusar a pedir desculpas por comentários feitos sobre um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Segue, abaixo, o relato dele sobre o encontro com Moraes.

Relato de Pavinatto

“Eu pedi, por e-mail pessoal e direto do Ministro, encontrar pessoalmente para uma conversa com o intuito de abrir um canal de comunicação para que eu pudesse pedir esclarecimentos sobre decisões suas, em especial aquelas que me parecessem dissonantes do direito.

Na reunião, também queria saber das impressões do Ministro acerca do conteúdo da Jovem Pan em razão das suas declarações sobre ela em suas falas públicas. A desmonetização do YouTube da Jovem Pan foi promovida pelo próprio YouTube sem nenhuma requisição do Ministro.

Ele fez até uma piada: “Fico até bravo com o YouTube, porque ele fez isso antes de mim”, e riu.

Não pedi a reunião para me desculpar sobre qualquer coisa. O Ministro foi muito cordial. Conversamos por mais de uma hora e, de fato, um canal foi aberto para elucidar dúvidas sobre decisões polêmicas.

Ele me advertiu sobre minhas opiniões sobre Flavio Dino, ressaltando a amizade mútua admiração entre eles. E contou a tragédia familiar de Dino, que perdeu um filho por erro médico e, por isso, começou a engordar.

Ao que eu reafirmei que somente fiz os questionamentos que fiz (e nunca o acusei de nada) porque, ao contrário dele, Dino sempre se recusou a responder a perguntas minhas.

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Como Professor Doutor em Direito e ex-aluno do Ministro, ele afirmou que nenhuma opinião minha sobre assuntos jurídicos eram descabidas. Queixou-se, contudo, de opiniões jurídicas de jornalistas que não têm conhecimento profundo do Direito.

Falamos de livros e de professores da Faculdade de Direito da USP do Largo São Francisco. Ele se queixou do fato de dizerem que ele é de esquerda, porque nunca foi de esquerda.”

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