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O Big Brother Brasil ainda vale a pena para os patrocinadores?

Especialistas afirmam que o BBB22 não foi uma edição tão ruim e que o reality continua sendo uma grande vitrine para as marcas

atualizado

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Reprodução/Gshow
Prova do Anjo do BBB22
1 de 1 Prova do Anjo do BBB22 - Foto: Reprodução/Gshow

Apesar de internautas estarem comentando nas redes sociais que o elenco do Big Brother Brasil 22 foi o pior de todas as edições, especialistas ressaltam que a premissa não é totalmente verdadeira. Para se ter uma noção, neste ano, o reality show teve 11 patrocinadores, o que significa um aumento de três a mais se comparado ao programa de 2021.

De acordo com Leonardo Rios, CSO da Knewin, ao longo dos últimos anos, o BBB se consolidou como algo maior do que só um reality show, virou uma marca que atua como vitrine para outras marcas, trazendo visibilidade a partir dos patrocínios, seja em Provas do Anjo, festas ou nos comerciais durante a exibição do programa, além do engajamento que gera nas mídias sociais

“Esses fatores têm chamado a atenção das empresas, especialmente as patrocinadoras, gerando expectativa em relação à audiência e à repercussão que o programa pode proporcionar, principalmente quando falamos do relacionamento com um público que está cada vez mais conectado, exigente e interativo com as marcas que consome no dia a dia”, pontua o CSO da Knewin. 

Além disso, o momento pós-reality também é algo que tem feito parte do radar das marcas. Afinal, os participantes ganham visibilidade nas redes sociais e milhares de seguidores, tornando-se, até mesmo, influenciadores digitais.

“Dessa forma, o término da edição não significa o fim das ações dos patrocinadores, que têm monitorado as conversas em tempo real e feito parcerias estratégicas com ex-participantes do BBB, como foi o caso da Juliette com a Avon, em 2021, e do Luciano com o McDonald’s em 2022”, rememora Rios. 

Ju Nogueira, fundadora do Já Contei, canal no YouTube, discorda totalmente de que o BBB22 foi a pior edição. No entanto, ela acredita que muitos deixaram a desejar, ficaram paralisados por alguns medos de cancelamento e não mostraram as verdadeiras personalidades. 

“Não mostraram quem eram de fato. Por outro lado, os patrocinadores resolveram investir por causa do sucesso que foi na edição de 2021”, destaca Ju Nogueira, garantindo que quem investiu este ano ficou muito satisfeito com os resultados, pois o elenco mesmo não sendo dos melhores, a audiência foi satisfatória e o retorno desses patrocinadores foi muito bom.

A fundadora do Já Contei acredita ainda que os patrocinadores continuarão procurando o programa. “O BBB22 traz uma nova forma de encarar o reality e também passou uma mensagem para os próximos competidores, que conseguirão entender o que esperamos dos participantes e poderão entregar histórias muito melhores, o que vai gerar um saldo ainda mais positivo para os próximos patrocinadores”, afirma.

Ações comerciais

Dados obtidos pelo Metrópoles com a assessoria de imprensa da Rede Globo mostram que os números parciais até a 12ª semana de programa em termos de ações comerciais no BBB22 superaram as edições anteriores do reality. 

Houve a presença de mais de 30 marcas no programa, e o número de ações de conteúdo, considerando apenas o programa na TV Globo, teve um aumento de mais de 35% em relação ao ano passado.  

Ainda segundo a assessoria, o BBB22 teve 11 patrocinadores este ano, três a mais do que no ano passado, sendo o recorde histórico do reality. Além das ações que são parte do conteúdo do reality, a grande repercussão de quadros como “Cat BBB” e “Big Terapia” elevaram consideravelmente a demanda pelo break comercial em todos os dias da semana. 

Na TV Globo, houve aumento no inventário em 36% e a procura dos anunciantes acompanhou esse crescimento. O mesmo movimento ocorreu no Multishow. Outro ponto de destaque foi o interesse por parte de anunciantes locais, marcando uma grande procura pelos intervalos comerciais também nas regionais e afiliadas da TV Globo em diferentes pontos do país. A temporada chegou ao número de mais de 1.300 anunciantes locais novos, aumentando a receita local em cerca de 67%. 

Afinal, o BBB 22 foi ou não a pior edição?

Em quase todas as edições existem esses comentários na web, mas especificamente no Twitter. Em 2021, houve momentos que tiveram esse tipo de afirmação na rede por causa do programa de 2020 ter sido um estouro completo. 

“Esses comentários sempre existiram. Esta edição foi decaindo, mas foi boa de modo geral, com bastante entrega e com formadores de opinião, de fato, dando opiniões. Não foi a pior edição. Foi um programa que não teve o mesmo alcance”, garante Isabela Soller, CEO da Soller Assessoria, que já prestou trabalhos para ex-confinados como Isabella Cecchi, Breno Simões e Alan Possamai e, atualmente, agencia Carol Peixinho e  André Martinelli. “Inclusive, os patrocinadores recorrentes vem renovando seus contratos e isso passa a mensagem ‘se eles estão renovando, é porque está dando resultado’”, garante.

O BBB é um programa nacional, de muita influência e engajamento. Principalmente pelas últimas edições. Ainda que algumas vezes a conta não feche, eles acabam apostando no branding. “O reality vem sendo o melhor, disparado, para depositar expectativas para patrocínio. O valor para patrocinar aumentou muito nos últimos anos e, o que pode ter decepcionado algumas marcas, foi que o valor de investimento não se pagou. Isso vai resultar em uma peneira na próxima edição e em pacotes promocionais em 2023”, acredita a CEO da Soller Assessoria.

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