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Com colaboradores embaixadores, Toyota reforça construção da marca

Empresa no Brasil mantém projeto local colaborativo para ajudar a engajar funcionários por meio de informações. Conheça os Sakuras

atualizado

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toyota fabrica
1 de 1 toyota fabrica - Foto: Divulgação

Com o objetivo de reforçar a cultura organizacional, a Toyota criou há dois anos o projeto colaborativo dos Sakuras. Pioneiros na organização, eles são um grupo diverso de embaixadores de diferentes áreas e níveis hierárquicos da empresa, que trabalham voluntariamente para divulgar informações sobre processos, mudanças, campanhas e coisas do dia a dia, como uma espécie de influenciador digital corporativo.

A iniciativa foi criada levando em conta o perfil da Toyota. Por ser uma empresa japonesa, em que a cultura do país prioriza soluções conjuntas e grupos, faz todo sentido um projeto com essas características. Segundo Viviane Mansi, diretora de comunicação da Toyota há três anos, o grupo funciona de pessoas para pessoas e trabalha para fortalecer o senso de pertencimento dos colaboradores.

Além dos encontros mensais para debater pautas, os Sakuras utilizam a rede social interna da Toyota, chamada Yammer, para divulgar informações aos mais de 5,5 mil funcionários da empresa. “A gente está num momento em que as pessoas querem participar das decisões da empresa e não serem informadas simplesmente”, diz Viviane.

Portanto, o processo horizontal, em que as pessoas ajudam a construir o dia a dia da empresa, tem gerado bons resultados – não só na construção da marca, mas também nos relacionamentos interpessoais e na difusão das informações corporativas.

Para Viviane, é como se os Sakuras fossem parte de um departamento de comunicação estendido na multinacional. “A gente sente que todo mundo conhece eles na empresa. Além disso, a presença deles no dia a dia melhora muito a comunicação”, comemora a profissional. A boa experiência, inclusive, rendeu outros grupos semelhantes na Toyota.

A experiência da consolidação de conselhos, como os Sakuras, existe em outros países, como Argentina e Colômbia. No entanto, o nome é outro. O nome brasileiro foi dado por um dos integrantes do grupo e tem um significado bastante forte. Em japonês, “sakura” significa simplesmente “flores de cerejeira”.

japão

Com mais de 20 anos de experiência em comunicação, Viviane se dedicou por muitos anos a implementar conselhos de comunicação em outras empresas. Portanto, ela tem um carinho especial com temas e projetos de comunicação interna. A profissional, no entanto, afirma que, dessa dimensão e com essas características, é a primeira vez que está atuando.

Na prática

O analista Paulo Gomes está na Toyota há quase 10 anos e trabalha atualmente no setor de meio-ambiente. Ele é um dos Sakuras. “Eu não pensei duas vezes antes de me candidatar, pois percebi que seria uma possibilidade para facilitar a execução dos projetos”, relembra.

O profissional reforça que uma das maiores dificuldades da sua área era engajar todos os níveis da empresa em programas de conscientização ambiental e educação. “Eu não conseguia fazer a comunicação chegar pra todos e muitos colaboradores tinham dificuldade de compartilhar coisas legais que eles faziam”, conta.

Como Sakura, Paulo afirma que a comunicação é mais rápida e assertiva, pois a linguagem é acessível. “Como é uma rede social, a gente se comporta como se comporta on-line. O jeito de escrever é mais coloquial e a comunicação mais do dia a dia”, explica. Em junho, por exemplo, eles fizeram um vídeo – no estilo TikTok – para ensinar como fazer o descarte correto de resíduos. “Isso incentiva outras pessoas a participarem também”, complementa.

Outro bom exemplo

Usando os Sakuras como exemplo prático, Otacílio do Nascimento, diretor da Fundação Toyota, criou no ano passado o primeiro programa de embaixadores da instituição. O piloto abriu oportunidade para todos se candidatarem e, no fim, selecionou 15 pessoas. A perspectiva para o próximo ano é de ampliar o número de participantes.

Além de divulgar as ações previstas no planejamento estratégico da Fundação, os embaixadores têm o papel de difundir as boas experiências e iniciativas para todos os colaboradores. Segundo Otacílio, no entanto, o formato não é engessado, pois conta com um pouquinho da experiência do embaixador. Havia, inclusive, antes da pandemia, a oportunidade das pessoas visitarem os projetos para que pudessem trazer um pouco do olhar personalizado.

“Quando a gente fala de engajamento, é importante oferecer uma experiência/oportunidade de fato da pessoa fazer parte disso. Não pode ser algo mecânico”, argumenta. “As pessoas se engajam naquilo que acreditam, né?”, conclui.

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