Compartilhar notícia
Ludmilla é uma das personalidades que não se cala diante de situações que envolvem representatividade e a cor de sua pele. A cantora, que ocupa o lugar de mulher negra mais ouvida do Brasil, é a 3ª artista brasileira feminina com mais ouvintes mensais no top 10 do Spotify com quase 8 milhões de streamings. Ela sabe a força que tem nas redes sociais, e não deixa barato quando o racismo mostra a sua cara com quem quer que seja.
Na segunda-feira (19/4), ela foi tema de uma página inteira do jornal Folha de São Paulo e comentou sobre a decisão judicial em favor de Val Malchiori, que comparou seu cabelo ao bombril no carnaval de 2016, enquanto a funkeira desfilava pela Salgueiro. A dona do hit ‘Verdinha’ e Rainha da favela, foi no Twitter sair em defesa da participante Pocah, que teve sua filha, como vítima de ataques racistas e preconceituosos sobre sua cor e cabelos.
Nesta terça-feira (20/4), ela voltou as redes sociais para defender Nicole, uma menina de 15 anos que a chamou no direct do Instagram contando sobre ataques racistas que vem recebendo por conta do seu cabelo.
“Eu fiquei muito comovida com a história! O vídeo que ela fez mexeu muito comigo e quando abri meu Instagram tinha uma mensagem dela lá. Eu fiquei muito feliz porque eu vi que o RESPEITA que eu gritei lá na TV Globo alcançou pessoas que eu não alcançaria pessoalmente”, disse ela, que ainda pediu ajuda a uma marca famosa em cabelos para ter a jovem como embaixadora.
À coluna, Ludmilla deu seu posicionamento sobre os dois casos. “Procuro aumentar a voz de pessoas que, assim como eu, sofrem ou já sofreram racismo, porque eu sei o quanto dói e o quanto é injusto. Muitas das vezes essas pessoas não conseguem gritar pra todo mundo ouvir. E das coisas que eu conquistei, saber que posso fazer isso é um orgulho danado. Sei também a dor que é quando praticam esse crime contra a gente e ele fica impune. É covardia demais com uma criança e com uma adolescente. Por isso, sempre que puder, vou colocar holofotes nas ‘Toyas’ e ‘Nicoles’ desse mundo, porque quero viver em um lugar melhor e deixar um legado de luta para os meus”.