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“Precisamos dar mais espaço às mulheres”, diz Suzana Pires ao lançar filme

A produção de De Perto Ela Não é Normal é a primeira do país a utilizar a cláusula de inclusão, garantindo mais representatividade

atualizado

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Ellen Soares / Divulgação
De perto ela não é normal
1 de 1 De perto ela não é normal - Foto: Ellen Soares / Divulgação

Suzana Pires foi a convidada do Tô na Pan desta quinta-feira (29/10), da Rádio Jovem Pan, com Leo Dias e Ligia Mendes. A atriz, que está no ar nas telonas com o filme De Perto Ela Não é Normal, falou sobre como aqueles que ainda preferem ficar em casa podem ver o longa.

“O filme estreia hoje nos cinemas e no dia 5 de novembro nas plataformas de streaming. Ele vai ficar no TelecinePlay e, para quem não é assinante, existe a possibilidade de pagar apenas pelo filme. O dinheiro para fazer cinema no Brasil é bastante restrito mas, no final, deu tudo certo”, revelou a atriz.

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Durante o bate papo, Pires fez questão de citar a felicidade em trabalhar com a atriz e cantora Jane Di Castro, falecida na última semana. “Eu quem escrevi o papel da Jane Di Castro. Foi feito especialmente para ela, sabe? A Jane já estava combinando comigo o look da estreia. Ela é maravilhosa”, comentou Suzana, que escreveu o roteiro.

Poder feminino

Além disso, ela lembrou da importância de unir talentos femininos na produção, que é dirigida por Cininha de Paula. “Eu realmente tenho uma inquietação para dar espaço para as mulheres. Precisávamos mudar isso. Trouxemos uma mulher para ficar responsável pela trilha sonora do filme e essa foi a primeira vez que isso aconteceu no Brasil. A nossa trilha sonora foi composta em estúdio e o elenco é feito, completamente, por mulheres e 90% delas são mulheres negras”, completou.

A produção de De Perto Ela Não é Normal é a primeira do país a utilizar a cláusula de inclusão. Cunhado pela professora Stacy Smith, da Universidade da Califórnia do Sul, como parte da Inciativa de Inclusão Annember, a ela preconiza que os trabalhos cinematográficos sejam mais representativos.

Em uma conferência no TED em 2016, a professora esclareceu o conceito. “Um filme comum tem aproximadamente de 40 a 45 personagens com alguma fala. Eu argumentaria que apenas oito a dez deles são realmente relevantes à história. Os outros 30, não há razão para que esses papéis menores não correspondam ou reflitam a demografia de onde a história se passa”.

Suzana também falou sobre a ideia. “Essa cláusula fala sobre a possibilidade de inclusão. Nós desejávamos que as mulheres, as mulheres negras e as profissionais trans recebessem esta oportunidade. A gente colocou pessoas experientes para trabalhar com quem não tinha tanta experiência e tudo deu certo. É importante ter essa representatividade para que todos e todas assistam ao filme e se identifiquem”.

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