Após Gustavo Tubarão compartilhar que está com paralisia de Bell, muitas dúvidas sobre a doença foram apresentadas. A coluna ouviu médicos especialistas no assunto para entender mais sobre a condição e o que a difere da Síndrome de Ramsay Hunt, que o cantor Justin Bieber tem. 

A paralisia de Bell é uma doença que pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade ou gênero, em qualquer momento da vida. “É chamada toda paralisia facial, de um único lado do rosto, que pegue tanto a parte superior média e inferior do rosto, os três terços da face, não apenas rima labial, e que a causa é idiopática, em que a gente não sabe qual é a causa”, explica o dr. Fernão Bevilacqua, Otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de SP (HAS) e membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Academia Brasileira de Audiologia APM CFM.

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Hoje, o influencer comemora a independência financeira, conquistada na internet, e o sonho realizado Reprodução/Instagram

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Gustavo Tubarão compartilhou com seus seguidores que está com Paralisia de Bell Reprodução: Instagram

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Gustavo Tubarão começou na internet após um período difícil de sua vida Juliana Coutinho

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“Essa condição faz com que metade do rosto pareça caído, desviado ou inclinado”, explica o Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, Neurocirurgião do Albert Einstein e Rede D’Or e Diretor do WCL Neurocirurgia. Segundo ele, é comum as pessoas confundirem a paralisia de Bell com um AVC, ou um ataque isquêmico transitório (AIT), por esses também provocarem paralisia facial e fraqueza repentina. No entanto, no AVC a paralisia é central, no cérebro. Já a paralisia periférica é no nervo da face e não no cérebro.

A Paralisia de Bell é a primeira causa mais comum de paralisia facial, sem que haja traumatismo na face (sem a ocorrência de acidentes, por exemplo), mas há grandes chances de recuperação.

“Geralmente os primeiros sintomas que aparecem são gripais, um quadro de resfriado comum, com nariz escorrendo, um pouco de dor de garganta, às vezes febre baixa, embora em muitos casos o paciente não tenha absolutamente nada. Depois o paciente começa a sentir um formigamento na face e vem acompanhado da paralisia da musculatura, tanto de olho, boca, como também da parte da testa”, pontua Bevilacqua.

Tratamento

O tratamento para a Paralisia de Bell é multidisciplinar. Quando diagnosticada, o paciente passa por uma série de avaliações para dar início ao tratamento. 

“Nós começamos o tratamento tanto com corticóide via oral como também, em alguns casos, antiviral e também fazemos um tratamento para não ter complicações oftalmológicas, como colírios e pomada”, explica Fernão Bevilacqua.

“Primeiro, a condição inflamatória do paciente é avaliada. Analisamos a qualidade de vida, se a alimentação está adequada e se seu quadro imunológico está saudável. Além disso, precisamos saber se a condição está associada a uma infecção ou vírus”, explica o Dr. Willian Ortega, cirurgião-dentista.  

“Utilizamos no tratamento da Paralisia de Bell os treinos faciais. Nas sessões, conseguimos trabalhar o alongamento muscular, a tonificação do músculo com eletroestimulação e fazemos massagem e drenagem linfática com pedras de jade, que drenam  os líquidos e diminuem o peso facial. Os treinamentos são feitos com frequência para que os músculos que estão paralisados sejam tonificados, promovendo uma reabilitação mais rápida e recuperação dos movimentos faciais”, detalha Ortega.

Ramsay Hunt

Na síndrome de Ramsay Hunt, que é uma infecção do nervo facial e auditivo, existem outros sintomas como além da paralisia facial como: problemas de audição, vertigens e aparecimento de manchas ou bolhas vermelhas na região da orelha.

“É bem diferente da Paralisia de Bell, apesar das duas terem paralisia facial como comum. A Ramsay apresenta um quadro um pouco mais grave”, explica Fernão Bevilacqua.

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