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Muito dinheiro e poder: o esquema por trás das playlists do Spotify

Máfia do Spotify: com dinheiro é possível bombar na plataforma de streaming

atualizado

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Alexander Pohl/NurPhoto via Getty Images
Celular com logomarca do Spotify e fones de ouvido
1 de 1 Celular com logomarca do Spotify e fones de ouvido - Foto: Alexander Pohl/NurPhoto via Getty Images

Há dois meses, a coluna Leo Dias recebeu denúncias sobre a Máfia do Spotify. Após longa apuração, foi identificado a presença de grupos que cobram para emplacar músicas nas playlists da plataforma.

Ainda que as playlists não sejam oficialmente feitas pelo Spotify, a ação não é legal já que artistas fazem uso desse “empurrãozinho” para impulsionar seus lançamentos.

Não entendeu? A gente te explica! A intenção é sempre colocar a música no maior número possível de playlists para que a canção aumente o número de plays e, consequentemente, suba no ranking oficial do Spotify. A conta é simples: quanto maior a presença do lançamento, melhor a performance e maiores são as chances de emplacar nas principais playlists da plataforma.

Pois bem, assim como existe o mercado paralelo de venda de selos azuis no Instagram, há uma máfia que vende espaços em playlists nas plataformas de streaming.

Procurada, a assessoria de imprensa do Spotify informou que o ato viola seus termos de uso: “Qualquer serviço que alega oferecer colocação garantida em listas de reprodução no Spotify em troca de dinheiro viola nossos termos e condições e não deve ser usado”, pontuou.

Ainda de acordo com a assessoria da plataforma, mesmo que alguns usuários sejam adeptos ao famoso “jeitinho brasileiro”, as regras são claras e há um posicionamento público oficial completo do Spotify sobre esse assunto.

“Os serviços de terceiros que anunciam streams em troca de pagamento violam nossos termos e condições, e usá-los pode resultar na remoção de sua música do Spotify. Qualquer serviço que alega oferecer colocação garantida em listas de reprodução no Spotify em troca de dinheiro viola nossos termos e condições e não deve ser usado”.

Além destes, também circulam nos bastidores que alguns artistas lançam mão de bots para catapultar seus lançamentos. Ou seja, programas que funcionam como ouvintes fantasmas/robôs que são programados para acessar automaticamente as músicas e aumentar os plays.

Dentro desse mercado paralelo, é possível comprar a quantidade de plays que o freguês desejar. Os valores variam de R$ 57 para 1000 plays até R$ 177 para 5000.

“Com ela, fica mais viável a popularidade da sua música e de você enquanto artista, com a possibilidade de alcançar uma base de fãs. O aumento de plays faz com que a sua música seja encontrada com mais facilidade, otimizando as suas taxas de royalties a partir da quantidade de plays adquiridas”, garante um dos sites visitados pela coluna.

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