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Mc Mirella fala de roubo no funk, sexo com meninas e trisal. Assista

Na conversa, Mirella falou sobre a carreira, o momento em que foi enganada por empresários e disse que sustenta toda família

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Leo Dias entrevista Mc Mirella
1 de 1 Leo Dias entrevista Mc Mirella - Foto: Reprodução

Uma das funkeiras mais bombadas da atualidade, MC Mirella entrou em A Fazenda, mas, antes, falou com a Coluna Leo Dias sobre a sua vida. Com mais de 18 milhões de seguidores no Instagram, a cantora disse que é a responsável por manter a família, inclusive uma irmã, que tem uma doença sem cura.

Mirella falou ainda sobre as vezes que foi iludida e enganada no meio artístico por empresários e desabafou: “A gente que é artista só quer o justo”. A funkeira disse também que o estilo da música dela mudou, está mais comercial, mais família. Isso porque tem um grande público infantil.

Confira a entrevista completa:

Leo Dias — Olá amigos do Metrópoles. Olha, a entrevistada de hoje não veio ao mundo a passeio não. Ela veio ao mundo pra causar, e ela causa por onde passa. Mc Mirella!

Mirella: Tudo bem, Leo Dias?

Você tá bem?

Mirella: Tudo bem, graças a Deus.

Primeira vez que a gente se vê pessoalmente.

Sim, primeira vez. Uma honra então te receber aqui em casa.

Você é linda, cara.

Obrigada, de verdade.

Você falou de um momento conturbado pelo qual está passando, a separação.

Separação, troca de empresa, responsabilidade, aperto na família, quem banca tudo sou eu. Então, pensa. Ter que administrar tudo isso com 22 anos.

Vamos por partes: separação. É mais uma separação?

Sim.

Como é que foi essa última, é definitiva?

Sim, é definitiva desta vez.

Por que definitiva?

Aconteceu um episódio que eu fiquei muito chateada, por causa desses jogos. Infelizmente, é uma coisa que acaba sendo besta, mas que eu já estava aguentando bastante também. E também, assim, é o tempo… Não está tendo mais tanto tempo junto, está trabalhando demais, eu, ele… Indo pra lá e pra cá, e acaba brigando, se bicando em tudo. Ele tem que resolver as coisas dele de lá, eu daqui. Eu sou uma pessoa muito ciumenta. Dormir fora, essas coisas, eu não gosto, não aceito. Então, a gente não estava mais conseguindo conversar, lidar, se entender nesta parte. Então, a gente resolveu se separar. Mas a gente se respeita, é amigo ainda, tem um carinho…

Isso não é um discurso para a câmera não?

Não! A gente se respeita muito…

Quando a gente separa, no primeiro momento, a gente quer que o ex more na Sibéria, longe, muito longe, no frio, no gelo, longe da gente. Não é essa a vontade?

É, pra não ver.

Passou a raiva, então?

Passou, não tem raiva.

Você já se relacionou com mulheres?

Já, já tive um relacionamento…

E?

Foi ótimo! Eu comecei a namorar com a Geovana, uma ex minha, fiquei oito meses com ela. Foi quando eu tinha de 17 para 18 anos. Foi uma experiência na minha vida, não me arrependo… Tenho um carinho por ela, pela família dela, conheço as pessoas e tudo da família dela. Pra mim foi uma experiência! Não tenho mais vontade agora, no momento, até porque… Não é de homem nem de mulher, estou muito fechada agora.

Você se define como bissexual?

Sim.

E as meninas…?

Sim, ainda sinto atração por mulheres.

Qual o tipo de mulher que te atrai?

Ah, eu gosto de menininha assim, igual eu.

E qual o tipo de homem que te atrai?

Eu gosto de moreno, alto, forte, inteligente, focado, que tenha metas para a vida, que trabalhe, que não seja uma pessoa largada. Que não seja encostado, porque não gosto. É isso.

Como está com a pandemia, com a crise financeira — uma crise que atingiu o Brasil inteiro — e você por conta dos shows. Os cantores foram muito prejudicados. Como está a sua situação?

Todo o pessoal, né…

Da indústria musical.

Exatamente. Ficou muito ruim pra gente, né? Bom, é que também trabalho com o Instagram, com minha imagem, tenho minha marca, então ajudou…

Você é uma exceção, você percebe?

Sim.

As suas redes são muito fortes. Você ganha mais dinheiro com a música ou com suas redes sociais?

Com os dois. Acho que é balanceado. Meu forte mesmo por agora está sendo as minhas mídias. Mas a música também ajuda bastante. Eu fazia bastante shows. Chegava a fazer quatro shows na noite. E era sexta, sábado, domingo e segunda.

É muito puxado!

Mas é uma coisa que eu gosto. Uma rotina que eu amo e estou sentindo muita falta. Então, a pandemia acabou dando um trabalho porque é muita responsabilidade. Porque se eu for colocar aqui no dedo quantas pessoas eu ajudo…

Quantas?

Mãe, pai, responsabilidade com advogado também que é super necessário. Daí tem também meu irmão, meu outro irmão, minha irmã e minha avó. Daí já são 7. Tem a moça que trabalha comigo mais minha equipe.

Mas as pessoas da sua família, você que as mantém?

Aham, todo mundo.

Integralmente?

Sim! Minha irmã ela é doente e não tem cura, pelo menos não aqui no Brasil, a gente está até procurando algumas coisas. A gente ficou sabendo de um tratamento com células tronco, algum tratamento para fazer para ajudar ela porque ela está muito impossibilitada mesmo, pernas inchadas e braços.

Como é sua relação com seus pais?

Hoje em dia é maravilhosa.

Mas sempre foi?

Não.

Como era?

Quando eu comecei a demonstrar interesse pela música, pelo funk e, consequentemente, comecei a namorar uma mulher, foi muito difícil.

Principalmente para o seu pai?

Principalmente para o meu pai e olha que ele é uma pessoa que sempre tenta entender o lado das pessoas, sabe? Ele é uma pessoa muito assim, ele é muito bom.

Eu já falei algumas vezes com seu pai, ele ama muito você e é muito fã seu.

Ele é maravilhoso. Eu acho que ele ficou mais sentido assim por conta da família dele, dos irmãos.

O seu namoro homossexual é que foi o problema?

Eles não aceitavam muito, porque eu postava vídeo no facebook, dançando. Daí você imagina a família.

Aquelas danças mais sensuais?

Dançando funk e tudo! Aí tem a minha avó super religiosa.

Qual a religião da sua avó?

Ela é evangélica, total! Então pensa como ela é…

Você acha que você errou em algum ponto com isso?

Ah, sim! Em não ter entendido.

No tratar?

Sim, no tratar.

Você foi grossa algumas vezes?

Sim, eu era muito rebelde. Tinha que ser do meu jeito só que eu tinha que entender que pai e mãe tem essa coisa de proteção.

Querem seu melhor!

Exatamente. Às vezes, a gente que é filho só vai entender mesmo, e é até uma coisa que converso muito com minha mãe e meu pai hoje, a gente só vai entender quando a gente for pai e mãe. Quando a gente tiver os nossos, a gente vai entender esse negócio de proteção.

Mas você chegou a pedir desculpas?

Sim, pedi desculpas e tudo. A gente super se entende bem hoje, eles superentendem. Inclusive, eles ficam até um pouco magoados de ter passado tudo isso e de ter acontecido dessa maneira.

Todos esses atritos?

Sim!

Sua família, de alguma maneira, tentou te levar para igreja evangélica?

Eu ia quando era criança.

Mas voltou?

Eles nunca me obrigaram a ir já me convidaram e tudo. Minha avó bastante.

Você acha que tem chance?

Ah, tem. Não sei como seria hoje em dia para ir. Se ia ser tranquilo mas eu iria de boa, se me chamassem assim para eu ir e eu tivesse tempo, eu iria.

Se tivesse que mudar?

Mudar tudo? O meu jeito?

É, o que você acha?

Acho que para seguir assim a palavra de Deus, acho que não teria que mudar tanto o meu jeito, sabe? Acho que está no coração. O sentimento assim com Deus. Eu sempre agradeço muito o que eu tenho porque com 22 anos ter uma casa própria, ter uma carro, poder ajudar sua família. Eu queria poder comprar uma casa um pouquinho maior, deixar aqui mesmo para os meus irmãos, para o Murilo e para Jéssica, e pegar uma casa maior para mim. É que eu tenho muito na cabeça de deixá-los tranquilo, eu fico muito preocupada.

Com o que?

Fico muito preocupada porque está tudo nas minhas costas, eu preciso deixá-los bem, eu penso assim. O que eu puder ajudá-los para eles seguirem e terem as coisinhas deles também. Para mim, vai ser tudo e vou ficar muito feliz. Eu tenho 4 anos de carreira e eu só consegui comprar meu apartamento agora, e você pode ver que é pequenininho.

Mas 4 anos de carreira é muito pouco.

Você acha que é muito pouco? O mundo da música você sabe que dá grana mas eu fui muito passada a perna.

Sabe quando quantos cantores estão espalhado pelo brasil cantando em bares?

Mas exatamente por isso que te falo.

Você é sortuda, Deus te iluminou.

Sim, com 4 anos de carreira. Mas por isso que te falo que eu sempre agradeço. Mas, nossa, quando a pessoa estoura uma música, você sabe! Conseguiria comprar um apartamento, uma apartamentinho pequeninho assim como o meu, e eu estourei algumas músicas mais de 100 milhões. Mas eu fui passada a perna, não recebi o que eu tinha que receber, eu fiquei muito tempo ganhando bem pouco. Eu fui ganhar um pouco melhor depois de 3 anos de carreira porque me enganaram bastante. Eu fazia muitos shows. A quantidade de show que eu faço, Leo…

Em quanto você acha que foi roubada?

Milhões. Sinceramente, eu nunca recebi nada de plataforma digital. Eu tô recebendo agora, depois de assinar contrato com a Warner.

Isso é um dos problemas que a gente vê no mundo do funk. Muitos cantores iniciantes assinam contratos e se arrependem.

Foi isso o que fizeram comigo. Eu asisinei um contrato que me venderam como bom. Eu acreditei, mas foi muito melhor para eles, né. Quer dizer foi bom, pois eu tive muitas vantagens. Me conhecerem mas não foi o que me disseram.

No novo escritório está tudo bom? Tudo certo?

Sim. Eu estou a todo vapor! Tudo o que eu não fiz nos outros, eu estou fazendo agora. Vários clipes e gravações.

Você se decepcionou muito?

Muito. Eu não confio mais nas pessoas. Eu não consigo. Foram 3 vezes. Eu só queria o justo. O artista só quer o justo.

Outro dia desses, eu entrevistei o Pedro Sampaio e ele me disse que o funk precisou se reinventar nessa pandemia. Até por conta de que o funk teve de ser tocado em casa, né. Como é que você avalia isso? Você acha que o funk ficou mais careta?

O meu funk está mais comercial, agora. É o funk que não tem palavrão. A gente usa apenas o duplo sentidos. Tem o funk de BH, Rio de janeiro, São Paulo. Todos são diferentes!

Você é uma Mirella para família, agora?

Sabe por que eu mudei bastante? Eu descobri que eu tenho muito público infantil. Muito mesmo. E várias mães me mandam mensagem de quando eu apronto alguma coisa. Tipo assim: “Mirella, a minha filha adorava você. Por que você fez isso?”

E quando você aprontou aquilo na Escola… meu Deus!

Então, foi nisso mesmo que as mães me mandaram várias mensagens. (risos)

E esses seus embates com os ex-empresários. Você percebeu dali uma mudança de público? Você tem muitos seguidores, quantos % são homens?

Eu tenho 17 milhões de seguidores. 43% é homem. 57% são mulheres. E são jovens a maior parte!

Mirella, que responsabilidade. É um publico de 18 a 24 a maioria. Depois de 25 a 34 que é o público que trabalha, está no mercado de trabalho já.

E as crianças veem do celular do pai e da mãe, né? Eu sei que é muito responsabilidade.

E o seu terceiro público é de 13 a 17 anos. Você tem que ter muito cuidado.

Sim. Eu tô aprendendo isso. Tem que ter cuidado.

Para finalizar, deixa um recado para quem está nos assistindo.

Bom. Não acreditem em tudo. Vão surgir muitas coisas ruins sobre mim por aí. Vão querer me atacar. Não me ataquem. É só martelada que eu levo. Vejam tudo certinho aí, antes de me apontar o dedo. Eu sou um menina novinha, maluquinha e cheia de sonhos, boa de coração. E é isso aí.

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