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Após pressão, Noronha não terá mais pulseira para diferenciar turistas

Empresa responsável disse que a segregação era uma ideia inicial e não será implementada

atualizado

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Canindé Soares/ CC
Fernando de Noronha, Pernambuco, Brasil
1 de 1 Fernando de Noronha, Pernambuco, Brasil - Foto: Canindé Soares/ CC

Após a publicação da matéria sobre o projeto que dividiria turistas e comerciantes em Fernando de Noronha por pulseiras eletrônicas coloridas, cada cor de acordo com quanto a pessoa gastaria na ilha, a empresa Meep, responsável por produzir as pulseiras, enviou um comunicado para a coluna e disse que não fará mais a segregação e que apenas serão identificados consumidores e comerciantes.

“O Sou Noronha esclarece que o uso da pulseira eletrônica para facilitar as formas de pagamento na Ilha de Fernando de Noronha separada por categorias e cores se tratava de uma ideia inicial e que não será implementada. Como as pulseiras estão em fase de produção, nenhum material foi distribuído a comerciantes ou usuários. A partir de agora, apenas serão identificados consumidores e comerciantes, por pulseiras verde e cinza, respectivamente. Dessa forma, turistas vão conseguir detectar de forma fácil quem está habilitado para a venda de créditos. O projeto foi desenvolvido visando trazer facilidade e segurança nos meios de pagamento de Fernando de Noronha, atendendo turistas e movimentando ainda mais o comércio local”, diz o comunicado.

A diferenciação das pulseiras aconteceria da seguinte forma: a azul seria destinada a visitantes que desejariam levar a item como souvenir e recarregar o valor que quiser, além de receber brindes em restaurantes selecionados. A preta seria para turistas que recarregariam no mínimo R$ 10 mil; estes recebem descontos diferenciados e acessos garantidos em restaurantes.

A cor roxa, a mais exclusiva de todas e com os mesmos privilégios da preta, seria apenas para artistas, celebridades e influenciadores. A verde seria de temática ecológica e não poderia ser levada como lembrança da viagem. Já a cinza continuará disponibilizada para os moradores da ilha, que apenas aproveitarão a novidade de ter a bibelô.

Repercussão

No Twitter, a atriz e cineasta Paula Braun foi uma das que criticaram a medida tomada e questionou sobre quem receberia os privilégios. “Gente, conseguiram fazer de Noronha uma imensa área vip com diferenciação social. Estragam tudo! Era um parque ecológico, sabe? Pulseira para influencer? Sério? Que triste a sociedade”, escreveu ela.

Paula até aprova a ideia do uso de pulseira, desde que não precise separar o público por classe social. “A ideia da pulseira é boa, mas a separação de cores é triste. Eu espero que repercuta e revejam isso”.

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