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Servidores do DF denunciam agentes da PF após pressão por vacina

Funcionária pública registrou imagens e levou à Secretaria de Saúde, que pediu que corporação apure a conduta dos integrantes da força

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
intimidação
1 de 1 intimidação - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Quatro integrantes da Polícia Federal (PF) foram denunciados na Secretaria de Saúde após relatos de intimidação de servidores para que fossem vacinados, mesmo sem integrarem o grupo prioritário definido pelo Governo do Distrito Federal. O secretário Osnei Okumoto solicitou que o superintendente regional da PF, delegado Márcio Nunes de Oliveira, apure o caso.

De acordo com a servidora, o caso teria ocorrido no dia 27 de março (um sábado), no posto de vacinação montado no Terraço Shopping, localizado na Octogonal, bairro de classe média de Brasília. O nome da profissional será mantido sob sigilo.

“Por volta das 16h15, um veículo oficial da Polícia Federal, com quatro policiais federais, entrou na fila destinada à vacinação de idoso acima de 67 anos e profissionais de saúde, portando a Circular nº 9 da SVS. Eles argumentaram que, de acordo com a circular, eram prioridade e, portanto, deviam receber a vacina”, relatou oficialmente.

O documento mencionado foi o responsável por regulamentar o destino das sobras das vacinas no final de todo expediente nos postos montados pelo GDF. Segundo o depoimento inscrito, a servidora afirma ter lido o conteúdo em voz alta e explicado que as doses remanescentes nos frascos, no final do expediente, deveriam ser direcionadas para pessoas de acordo com a ordem contida no texto.

“Mesmo diante da minha explicação, eles foram insistentes e disseram que não sairiam da fila. Expliquei que eles até poderiam aguardar, mas que outras pessoas dos grupos prioritários já estavam aguardando. Eles saíram da fila, mas estacionaram o carro bem em frente a tenda de testagem, sem máscaras e foram intimidadores quando eu novamente me dirigi a eles para esclarecer que já haviam outras pessoas se organizando para a xepa [termo utilizado para doses remanescentes] e que muito provavelmente nem restariam doses, tendo em vista que a fila do posto estava grande e que nos drives essa hipótese de de sobra é quase nula”, detalhou.

A servidora da Saúde também relatou que a intimidação só terminou após a chegada de uma viatura da Polícia Militar (PMDF).

“Mesmo diante das minhas explicações um dos policiais com tom intimidatório me abordou dizendo: “Vamos ver se não vai sobrar”. Outras pessoas que também aguardavam a possibilidade de sobra também se sentiram pressionadas e, somente após a intervenção da equipe de ronda da Polícia Militar, o carro da Polícia Federal foi embora”, disse.

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Apuração

Após tomar conhecimento do caso, o secretário de Saúde encaminhou para a Superintendência Regional da Polícia Federal um ofício para apurar a conduta dos referidos policiais. “Diante dos fatos, solicitamos os bons préstimos de vossa senhoria para que os fatos sejam aclarados e resolvidos da forma mais adequada possível”, escreveu.

A coluna Janela Indiscreta, do Metrópoles, procurou a assessoria de imprensa da Polícia Federal e não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

 

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