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“Ainda faltam 506”, diz Sabo sobre acamados ainda não vacinados no DF

Coordenador da força-tarefa do MPDFT de enfrentamento à Covid-19 também alertou sobre a remobilização de leitos de UTI

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Enfermeira preparam vacina para aplicar em idosos, em goiânia
1 de 1 Enfermeira preparam vacina para aplicar em idosos, em goiânia - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) afirmaram, nesta sexta-feira (19/2), que pelo menos 506 pessoas sem condições de sair de casa aguardam a vacinação pelas equipes volantes da Secretaria de Saúde. De acordo com o procurador José Eduardo Sabo, coordenador da força-tarefa para o enfrentamento à Covid-19, outras 840 receberam a primeira dose do imunizante nos últimos dias.

O número chamou a atenção do grupo de trabalho, que esteve reunido com integrantes da pasta a fim de pedir atenção especial ao serviço criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A intenção é para prestar esclarecimentos sobre a campanha e também realizar agendamento da data de vacinação para pessoas acamadas, com mobilidade reduzida e para os acompanhantes, já que ainda há pessoas do grupo prioritário a ser imunizado.

A criação de uma plataforma digital exclusiva para agendar a segunda dose da vacina em idosos e grupos prioritários recebeu elogio da força-tarefa, justamente para garantir que os prazos estabelecidos pelo Instituto Butantã e por outros fabricantes sejam respeitados, além de evitar filas nos serviços de drive-thru.

“O Ministério Público viu com muita satisfação o início do sistema de agendamento criado pela Secretaria de Saúde. Resta lembrar que a vacina Coronavac tem um período de 14 a 28 dias para ser administrada e que a maior eficácia dela é justamente nos últimos dias. Então, atenção para esse prazo, e também que não se deve transcorrer [a segunda dose] para o 29º ou 30º dia em razão da perda de eficácia da vacina”, disse o procurador.

Veja o vídeo:

Remobilização de leitos

Outra preocupação apresentada pelos integrantes do MPDFT foi a remobilização de leitos UTI, principalmente após o número crescente de casos em decorrência do Carnaval. Os procuradores e promotores alertam para que a ampliação da capacidade dos leitos para pacientes da Covid-19 não interfira nos atendimentos de pacientes com outras doenças.

“O propósito é ampliar a capacidade da rede para mobilizar leitos de UTI, sem que isso repercuta negativamente na fila de não infectados pelo novo coronavírus. O desafio maior é que aqueles que aguardam serem atendidos em leitos de UTI sejam efetivamente atendidos”, explicou a promotora de Justiça Hiza Carpina, integrante da força-tarefa.

Para o MPDFT, em relação à nova cepa, há necessidade do controle biológico para que a o GDF esteja preparado para receber eventual ingresso no DF e ampliar a vigilância laboratorial. O grupo recomendou a criação de uma uma nota técnica oficial para esclarecer a população sobre a nova mutação do coronavírus, após a existência comprovada no DF.

“Explicar qual a repercussão, o que isso significa para as vacinas existentes, se elas terão eficácia contra a variante”, defendeu José Eduardo Sabo.

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