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Confraria se destaca pelo design inovador e peças feitas à mão

Com bolsas em junco e couro, a grife comandada por Ana Paula Braga de Ávila e Silva carrega o traço handmade em seu DNA

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Confraria Studio - Ana Paula Ávila
1 de 1 Confraria Studio - Ana Paula Ávila - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Em cada peça desenvolvida, a Confraria dosa história e muita autenticidade. Criada há 23 anos, na capital mineira, a marca desembarcou em Brasília em 2001. De lá para cá, soma sucessos: além da presença expressiva em 130 multimarcas no Brasil e no exterior, a etiqueta possui uma loja conceito no Lago Sul e em Trancoso, na Bahia, cujo lifestyle traduz o espírito cheio de bossa. Na terceira reportagem da série Moda Brasília, a coluna bateu um papo com Ana Paula Braga de Ávila e Silva, CEO e diretora criativa da label.

Vem conferir!

 

Giphy/Confraria Studio/Divulgação

 

Desde a sua fundação, há mais de duas décadas, a Confraria se mantém firme em um propósito: criar peças com design autenticamente brasileiro. Tendo a excelência do trabalho feito à mão como assinatura, a marca utiliza com maestria o couro e a fibra natural do junco — matéria-prima que influencia todas as coleções.

A paixão de Ana Paula Braga de Ávila e Silva por criar veio muito antes da fundação da grife. Natural de Almenara, cidade do interior de Minas Gerais, ela conta que ainda na infância gostava de vestir peças únicas. A partir do convívio com a comunidade do principal berço de artesãos do país, no Vale do Jequitinhonha, foi fortemente influenciada a explorar as habilidades manuais. Ainda menina, bordava e arquitetava as próprias roupas e acessórios.

“Com 11, 12 anos, eu costumava produzir vestidos, camisas e até mesmo sapatos para o Carnaval. Começou como uma brincadeira”, relembra. O envolvimento com moda e trabalhos manuais guiou os passos de Ana Paula ao curso de artes plásticas. Formada pela Fundação Mineira de Arte Aleijadinho, ela compartilha que a experiência com a criatividade desde cedo foi elemento-chave para constituir as bases da Confraria.

A artista fundou a label em 1998, em Belo Horizonte. Em 2001, Ana Paula casou-se com um brasiliense e trouxe a unidade fabril para a cidade. Atualmente, a produção atende mais de 130 multimarcas selecionadas em todo o país e conta com outros pontos de revenda na França e Estado Unidos. Apesar de tantas mudanças, o estilo singular da grife mantém-se o mesmo. Nas bolsas, carteiras e acessórios em couro é possível notar o primor de cada uma das peças, que destaca técnicas artesanais.

Confraria Studio
Antes de criar as bolsas cheia de autenticidade, Ana Paula de Ávila e Silva sempre teve no artesanato brasileiro a sua maior fonte de inspiração

 

Confraria Studio
Desde a sua fundação, a Confraria segue firme no propósito em criar peças com design autênticos

 

Confraria Studio
A empresária é formada em artes plásticas

 

Confraria Studio
Nas bolsas, carteiras e acessórios em couro é possível notar o primor de cada uma das peças, que destaca técnicas artesanais

 

Em entrevista exclusiva à coluna, a CEO relembra a trajetória da marca, fase atual e novidades. Confira abaixo:

Você fundou a Confraria em Belo Horizonte, em 1998. Por que decidiu segmentar a marca e produzir apenas peças em couro?
Ana Paula Braga de Ávila e Silva: Para mim, foi uma escolha muito fácil. Eu iniciei, primeiramente, produzindo acessórios. E quando comecei a desenhar os primeiros passos da minha marca, queria entrar em um território inovador, onde a qualidade e design das peças pudesse se destacar entre as demais. Logo, o couro se tornou a alternativa mais alinhada com o que eu buscava, sabe? É um material atemporal, de altíssima qualidade e superversátil.

Como foi a transferência da marca para Brasília? Qual a relação da Confraria com a cidade?
Eu sou mineira, mas me considero uma brasiliense de coração. Vim para Brasília por conta do meu marido e me sinto enraizada na cidade. Toda a minha mão de obra está baseada aqui, no Bernardo Sayão. E do artesanato a junqueira, todas as etapas para o desenvolvimento das peças que abastecem as 130 multimarcas são feitas aqui.

Como você define o estilo do seu público? Do início da marca para cá, esse estilo passou por reformulações?
Costumo comparar a cadeia de produção de uma peça com o cenário de alguém que se dispõe a fazer uma receita. Se você quer preparar uma macarronada, por exemplo, irá selecionar os melhores ingredientes para que o prato saia como esperado. Mas basta apenas um dos itens ser diferente ou inadequado para as coisas desandarem.

Da mesma maneira, eu me preocupo muito com todas as etapas até os produtos chegarem nas lojas. E a minha cliente também. O nosso público se importa com o certificado de origem, quer conhecer aquilo que adquire e não compra apenas por comprar. Elas vão em busca de peças únicas e duradouras.

Como funciona o seu processo criativo? Você desenha as peças?
Eu participo ativamente de todas as etapas das nossas coleções e produtos. Atualmente, eu desenho as peças; e faço toda a parte de estilo e definição de temas. Para experimentar e desbravar o que está sempre feito no mundo afora, viajo de quatro a cinco vezes ao ano. Como sou uma historiadora por natureza, busco conectar design, moda e bagagem histórica. E nas capitais europeias, em especial Paris [na Fraça], encontro todos esses pilares de inspiração.

Na sua visão, qual é a assinatura da Confraria?
Com toda certeza, o junco. Quando alguém olha uma peça da marca, feita com o material, logo sabe que se trata de uma peça Confraria. Desde que me mudei para Brasília, o junco está presente em todas as coleções. A fibra natural é proveniente da Floresta Amazônica e a colheita é feita, em sua maioria, por comunidades indígenas. Nas criações das peças, misturamos a matéria-prima com o couro e outros materiais, como metais e cristais.

A maior parte das empresas de moda foram abaladas pela pandemia. A Confraria foi impactada ? Como agiu nesse momento delicado e quais estratégias traçadas no período?
Contrapondo o momento de retração, a Confraria teve um crescimento considerável, tanto na indústria quanto no varejo. Analisando os dados de vendas para os lojistas, a marca registrou um aumento de aproximadamente 60%. O resultado positivo foi possível porque temos a nossa operação voltada para o abastecimento de mais de 130 lojas, além das nossas lojas e e-commerce.

 

Confraria Studio
O junco é considerado a assinatura da marca

 

Confraria Studio
Além do nobre acabamento das peças

 

Confraria Studio
A grife conta com mais de 130 multimarcas que vendem os produtos

 

Confraria Studio
Toda a parte de produção é feita em Brasília

 

Próximos passos

Com a coleção de alto verão recém-lançada, a grife já está em processo de finalização das peças para o inverno 2022. Ornando com a temporada, as cores dão match com a estação. São peças nos tons de azul, rosa e laranja. Fora isso, a marca mantém as bolsas best-sellers em coleção fixa.

Além da operação em Brasília e em Trancoso (Bahia), em breve a Confraria irá contar mais um espaço físico. “Estamos com planos de inaugurar uma loja em São Paulo, no Shopping Cidade Jardim. Tivemos essa expansão no varejo e uma procura maior e queremos atender a nossa clientela da capital paulista. Por isso, ainda no primeiro semestre de 2022, o nosso público terá essa novidade”, adianta a empresária.

 

Confraria Studio
Além das coleções de temporada, a etiqueta mantém a linha de bolsas best-sellers

 

Confraria Studio
A Confraria conta com operação em Brasília, no Lago Sul

 

Confraria Studio
Em 2020, a marca inaugurou a loja em Trancoso, na Bahia. Para 2022, a expectativa é inaugurar o novo espaço no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo

 

Série Moda Brasília

A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília. Toda semana, na sexta-feira, apresentaremos uma marca, designer ou etiqueta local, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal e no Centro-Oeste.

O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuem em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.

 

Colaborou Marcella Freitas

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