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Casa do estilista Azzedine Alaïa em Paris é tema de documentário

Obra de 27 minutos faz um vislumbre raro do local onde o falecido estilista tunisiano montou sua sede e residência

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Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images for Surface Magazine via Getty Images
Azzedine Alaïa
1 de 1 Azzedine Alaïa - Foto: Bertrand Rindoff Petroff/Getty Images for Surface Magazine via Getty Images

A casa e sede do estilista tunisiano Azzedine Alaïa (1935-2017) em Paris é tema de um documentário francês de 27 minutos que faz parte da longa série Une Maison, Un Artiste (Uma casa, um artista, em tradução livre). O compilado mostra a relação de artistas e seus respectivos lares. No caso de Alaïa, será um vislumbre raro sobre o endereço do designer na 18 rue de la Verrerie.

Vem saber mais!

Giphy/Alaïa/Divulgação

Lar e sede

O documentário Azzedine Alaïa, 18 rue de la Verrerie Paris explora a relação entre o estilista e o complexo de edifícios industriais de 4 mil m² comprado por ele em 1987. Com espaços interconectados, o local serviu como a sede de sua marca homônima e seu próprio lar nos anos 1990.

A cozinha é uma das divisões marcantes do espaço, onde Alaïa deu jantares para grandes nomes da moda e das artes, de Naomi Campbell a Jean-Michel Basquiat. Há, também, apartamentos para receber hóspedes. O arquivo da maison Alaïa fica no porão, enquanto o ateliê segue intocável desde que o estilista morreu, em 2017.

“O vestiário fica perto da loja, não muito longe da cozinha, que fica embaixo do estúdio, embaixo do apartamento”, afirmou o historiador de moda e diretor da Fundação Azzedine Alaïa, Olivier Saillard, em fala citada pelo WWD. “Seu corpo de trabalho exala tudo isso. É corporificado por essa coerência que ele deu. ”

A obra foi transmitida no canal France 5, que faz parte da comunicação pública francesa, e está disponível na plataforma pública de televisão France.tv até o dia 21 de outubro. “Combinando vida pessoal e profissional, o costureiro fez de sua casa uma Medina parisiense que se tornou quase tão lendária quanto suas coleções”, descreve a sinopse do site.

Azzedine Alaia
O local que serviu de sede e casa de Azzedine Alaïa (1935-2017) é tema de um documentário

 

Naomi Campbell
Aqui, Naomi Campbell desfila para coleção de alta-costura do couturier tunisiano em julho de 2017

 

Exposição em homenagem a Azzedine Alaia
Trecho da exposição Adrian and Alaia – L’art du tailleur em Paris, janeiro de 2019

 

Tributo a Azzedine Alaia
Placa em tributo ao estilista

 

Participações

Durante o documentário, com direção de Nathalie Plicot, a atriz francesa Isabelle Huppert narra palavras do próprio designer, a exemplo de: “Fiz do meu espaço de trabalho um espaço de vida”. Segundo a presidente da fundação que leva o nome do estilista, Carla Sozzani, “se você quisesse encontrá-lo, havia dois lugares: seu estúdio e a cozinha”.

As falas de Alaïa lidas por Isabelle Huppert cruzam cenas com fotos e entrevistas com pessoas que marcaram a vida dele. Entre elas, o parceiro e pintor Christoph Von Weyhe, a diretora de estúdio Caroline Fabre Bazin, o chef de cozinha pessoal Ibrahim Soumaré e a modelo Ana Carolina Reis.

Azzedine Alaïa e Carla Sozzani
Azzedine Alaia ao lado de Carla Sozzani, presidente da fundação que leva o nome do estilista

 

Azzedine Alaïa
Alaïa morreu em 2017

 

Naomi Campbell
Naomi Campbell desfilando outra coleção de alta-costura de Alaïa. Esta, em janeiro de 2003

 

Azzedine Alaïa
No início da carreira na moda, o tunisiano trabalhou em marcas como Dior, Guy Laroche e Thierry Mugler

 

Quem foi Alaïa

Azzedine Alaïa nasceu em Túnis, capital da Tunísia, em 26 de fevereiro de 1935, segundo o site oficial do estilista. Influenciado pelas leituras da revista Vogue na juventude, começou a se interessar por moda e se formou como escultor na École des Beaux-Arts de Tunis.

A carreira na moda começou em 1957, quando ele se mudou para Paris. Primeiro, trabalhou como alfaiate para a Dior e, posteriormente, teve passagens pela Guy Laroche e Mugler.

O primeiro ateliê do designer foi criado no fim dos anos 1970. Na década seguinte, ele lançou sua primeira coleção de prêt-à-porter. Atualmente, esse segmento permanece ativo na marca, comandada pelo grupo Richemont, dono de marcas como Chloé e Cartier.


Colaborou Hebert Madeira

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