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Valdemar acha que elegerá mais deputados com Bolsonaro do que com Lula

Presidente do PL se reuniu com parlamentares do partido na quarta-feira (20/10) para discutir a possível filiação de Jair Bolsonaro à sigla

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto
1 de 1 Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Presidente nacional do PL, um dos maiores partidos do Centrão, o ex-deputado Valdemar Costa Neto se reuniu com parlamentares da sigla na noite de quarta-feira (20/10), em Brasília, para discutir a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro à legenda.

A conversa aconteceu na casa do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e teve, entre os presentes, o senador Jorginho Mello (PL-SC), a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que é filiada à sigla, e a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF).

Nas conversas com correligionários, Valdemar é pragmático. Deixa claro que quer usar a filiação de Bolsonaro para tentar aumentar a bancada do PL na Câmara dos Deputados em 2022, o que significará mais recursos do fundo partidário para a sigla.

Segundo aliados, Valdemar faz a seguinte conta: se a legenda que comanda apoiar o ex-presidente Lula na disputa pelo Planalto, conseguirá eleger cerca de 30 deputados federais; já com Bolsonaro filiado ao PL, esse número chegaria a 60 parlamentares.

Nessa conta, estão os nomes ligados ao PL e os cerca de 20 deputados federais bolsonaristas, a maioria ainda filiada ao PSL, que deverão acompanhar o presidente da República no novo partido que ele escolher para disputar a reeleição no próximo ano.

E se o PL apoiar Bolsonaro, e Lula ganhar a disputa? Valdemar não vê problemas. Ele já deixou claro a aliados que a sigla será governo quem quer que seja o eleito. E que quanto mais deputados tiver, maior será o poder de barganha do partido junto ao governo.

Conversa com Bolsonaro

O dirigente do PL já tratou da possível filiação de Bolsonaro à legenda diretamente com o presidente da República. Uma das últimas conversas ocorreu no dia 6 de outubro, quando os dois se reuniram fora da agenda no Palácio do Planalto.

Bolsonaro, no entanto, ainda não bateu o martelo sobre seu futuro partidário. Como mostrou a coluna, o presidente tem dito a aliados estar “noivo” do Progressistas do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e ter um “affair” com o PL de Valdemar.

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