O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL) ficou quase R$ 5 milhões “mais pobre” nos últimos quatro anos. Candidato a deputado federal em São Paulo, ele declarou ao TSE este ano ter R$ 3,9 milhões em patrimônio.

Em 2018, quando Salles também foi candidato à Câmara Federal pelo Partido Novo e acabou ficando apenas como suplente, o patrimônio declarado pelo ex-ministro era de R$ 8,8 milhões.

Na época, Salles dizia possuir, entre outros bens, dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, uma embarcação de R$ 500 mil, R$ 20 mil em dinheiro vivo e três investimentos em fundos que totalizavam R$ 2 milhões.

Os dois apartamentos declarados por Salles chegaram a ser alvo de investigação. Eles eram um único apartamento, que acabou dividido em dois pelo ex-ministro, e passaram do valor de R$ 2 milhões para R$ 6 milhões no total.

O motivo da investigação foi justamente a variação de patrimônio do ex-ministro. Entre 2012 e 2018, quando foi secretário do então governador paulista Geraldo Alckmin, Salles aumentou seu patrimônio de R$ 1,4 milhão para os R$ 8,8 milhões.

Em 2022, o ex-ministro do Meio Ambiente disse à Justiça Eleitoral ter apenas uma casa, no valor de R$ 3,1 milhões, R$ 700 mil em investimentos e um veículo terrestre com custo de R$ 120 mil.

Salles deixou o Ministério do Meio Ambiente em junho de 2021. Ele pediu para sair da pasta após ser alvo de uma operação de busca e apreensão em uma investigação que apurava fraude em documentação de carregamentos de madeira da Amazônia.