Quando Lula e Alckmin pretendem anunciar a chapa ao Planalto
Ex-governador Geraldo Alckmin se desfiliou do PSDB em meio ao avanço nas negociações para ser vice de Lula em 2022
atualizado
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Apesar do movimento político de Geraldo Alckmin de pedir desfiliação do PSDB nessa quarta-feira (15/12), o ex-governador e o ex-presidente Lula (PT) não pretendem anunciar, no curto prazo, a provável composição de chapa para as eleições de 2022 ao Palácio do Planalto.
Segundo aliados de ambos, apesar de as negociações para a aliança estarem “bem encaminhadas”, qualquer anúncio só será feito mais para o fim do primeiro trimestre do próximo ano, quando o cenário político para o pleito estará mais bem definido.

Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022 Ana Nascimento/ Agência Brasil

Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos Band/Reprodução

Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula Filipe Cardoso/ Metrópoles

No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista Michael Melo/Metrópoles

A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República Michael Melo/Metrópoles

O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país Igo Estrela/Metrópoles

De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista Igo Estrela/Metrópoles

A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria Ana Nascimento/ Agência Brasil

Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026 Rafaela Felicciano/Metrópoles
Petistas lembram que, antes de divulgar seu vice, Lula vai primeiro fazer um evento para confirmar sua própria candidatura à Presidência da República. Anúncio que, segundo o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ficará para depois de fevereiro.
“Fevereiro é aniversário do PT. Vai ter festa do PT. Tem que ter um grande fato por vez”, disse Padilha à coluna.
Já Alckmin, segundo aliados, pretende esperar as legendas concluírem as negociações para formação de federações partidárias. O instrumento permitirá que as siglas se coliguem para as eleições proporcionais, mas com a obrigação de manter a aliança pelos quatro anos dos mandatos, sob risco de punição.
O ex-governador paulista tem negociações avançadas para ser vice de Lula pelo PSB, sigla que negocia federação partidária com o PT e o PCdoB. Os pessebistas, no entanto, fazem algumas exigências, o que leva Alckmin a considerar compor a chapa com Lula pelo PSD ou Solidariedade.