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Planalto e Fazenda articulam para reverter redução de juros do consignado

Redução de juros do empréstimo consignado irritou integrantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda e das Relações Institucionais

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Carlos Lupi, ação Bolsonaro
1 de 1 Carlos Lupi, ação Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Integrantes do Palácio do Planalto e do Ministério da Fazenda estudam alternativas para reverter a redução do teto dos juros do empréstimo consignado do INSS aprovada nesta semana pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).

Na segunda-feira (13/3), o CNPS reduziu o teto do juros de 2,14% para 1,7%. A medida contrariou a Fazenda, a Casa Civil e o Ministério das Relações Institucionais e levou bancos, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, a suspenderem essa modalidade de empréstimo.

Sob reserva, ministros palacianos culpam o titular da Previdência, Carlos Lupi, por articular a redução do juros de forma “precipitada”. O ministro avisou Lula da articulação, mas o presidente pediu que ela fosse analisada com cautela.

Por esse motivo, auxiliares presidenciais avaliam que a bronca dada por Lula em seus ministros no início da semana, em razão de anúncios antecipados, também foi direcionada ao titular da pasta da Previdência Social.

Integrantes da Casa Civil e da Fazenda ouvidos pela coluna dizem já estarem estudando “alternativas” para reverter a decisão do CNPS. O desafio, porém, é encontrar uma saída que não impacte tanto a popularidade do governo.

A redução do teto dos juros do consignado foi aprovada pelo CNPS por 12 votos a 3. O conselho é composto por representantes do Ministério da Previdência, do INSS, de aposentados, pensionistas, trabalhadores e empregadores.

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