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Comandante do Exército entra em campo para evitar PEC que acaba com GLO

Comandante do Exército, general Tomás Paiva se reuniu nesta quinta-feira (16/3) com deputados do PT autores de uma PEC que acaba com a GLO

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Delação Comandante-geral das Forças Armadas General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército - Metrópoles
1 de 1 Delação Comandante-geral das Forças Armadas General Tomás Miguel Ribeiro Paiva, novo comandante do Exército - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, entrou em campo para tentar brecar a articulação de deputados do PT que tentam acabar com as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Nesta quinta-feira (16/3), o militar e se reuniu em Brasília com os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Alencar Santana (PT-SP), autores de uma PEC que acaba com a GLO e altera o artigo 142º da Constituição Federal.

Na conversa, segundo apurou a coluna, o comandante expôs aos parlamentares a posição contrária do Exército em relação à proposta de acabar com as operações de Garantia da Lei e da Ordem.

A GLO é uma operação de policiamento realizada pelas Forças Armadas de forma provisória, a pedido do chefe de um dos Três Poderes, até o restabelecimento da normalidade da lei e da ordem pública.

Tomás Paiva ponderou aos deputados petistas que as GLOs não têm nada a ver com golpismo e que são usadas em momentos críticos de descontrole das polícias militares.

Os deputados contemporizaram e sugeriram que, em substituição à GLO, o governo pode criar uma Força Nacional de Intervenção, composta por policiais especializados, a ser acionada nos momentos de desordem.

Despolitização das Forças

Ainda na conversa com os deputados do PT, Tomás Paiva ressaltou ser favorável ao artigo da PEC que obriga militares a irem para a reserva, caso assumam algum cargo ou função no poder público.

Sobre esse tema, porém, o próprio Ministério da Defesa elaborou outra PEC. A proposta, segundo apurou a coluna, foi enviada na terça-feira (14/3) para o Palácio do Planalto.

À coluna, o Exército confirmou oficialmente a reunião do comandante com os deputados do PT, mas não deu detalhes. Informou apenas que o encontro serviu para “tratar de assuntos de interesse da Força”.

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